Sydney - A ala Janeth disse que jamais trocaria o bronze olímpico conquistado neste sábado com a vitória de 84 a 73 diante da Coréia, pelos quatro títulos obtidos na WNBA - a Liga norte-americana de basquete feminino, onde joga.
"Não trocaria jamais. Na Olimpíada você está representando seu país, ao passo que na Liga, você defende apenas um clube. Eu não tenho nenhuma dúvida em afirmar que o bronze não se compara aos quatro títulos", reafirmou a jogadora, que chega ao final da olimpíada, considerada a principal liderança da equipe.
"Líder é aquela que põe o grupo pra frente e não aquela que dá declarações após os jogos", disse o técnico Antonio Carlos Barbosa. O treinador disse que o torneio comprovou que o Brasil conseguiu fazer uma transição com sucesso. "Essa geração ainda vai dar muitas glórias ao país. A geração de Paula e Hortência já fez sua história. Agora, esse novo grupo quer mostrar do que é capaz", disse ele.
A pivô Alessandra - um dos destaques do time na vitória sobre a Coréia - disse que a medalha tem um significado especial. "Essa medalha é uma realização pessoal. Depois de tudo o que passei, vem premiar um trabalho", disse ela, que ainda guarda certa mágoa por ter sido dispensada na WNBA. "Eu não estou preocupada em provar a eles que eu sei jogar basquete. Se eles não me quiseram lá, o problema é deles. A partir de agora estou mais preocupada com o meu time lá na Itália (joga no Como) e em ser campeã da Euroliga. Eu estou indo prá lá com fome de medalha", disse.