Sydney - Por qualquer ângulo que se olhe, a Olimpíada de Sydney foi um grande sucesso. De crítica, de público e de negócios. Os recordes obtidos na água e nas pistas pelos atletas foram proporcionais aos obtidos pelos organizadores.
No total, foram vendidos 7,6 milhões de ingressos, que renderam cerca de R$ 780 milhões. Um recorde olímpico. Dos 6,6 milhões de entradas disponíveis para as competições dos Jogos, 6 milhões foram negociados, o que representa 91% do total. Outro recorde. Em Atlanta, 82% dos ingressos haviam sido vendidos.
No atletismo, por exemplo, apenas 5 mil de 1,5 milhão de entradas não foram adquiridas. Foi nessa modalidade, aliás, em que o Estádio Olímpico de Sydney obteve outra marca histórica. No dia 25 de setembro, o estádio recebeu 114 mil assistentes, o maior público já reunido para um evento dentro de uma Olimpíada. Dois dias antes, o Parque Olímpico acolheu 400.345 pessoas. Até a sexta-feira, dia 30, já tinham passado pelo parque nada menos do que 4,5 milhões de pessoas.
As marcas pelo mundo também impressionam. Foram 220 países atingidos pela cobertura da TV, contra 214 de Atlanta e 193 de Barcelona. Na internet, o público chegou a um milhão de pessoas por dia, só na Austrália, batendo o recorde de visitantes da rede no país.
Em Sydney, o transporte também superou todos os seus recordes. Na sexta-feira, 22 de setembro, os ônibus e trens da cidade conduziram 1,9 milhão de passageiros, o maior contingente de sua história. No domingo, os ferrys também fizeram história ao transportar 80.322 pessoas. Durante toda a Olimpíada, 731 mil passageiros utilizaram esse serviço, com uma média de 60 mil pessoas por dia.
Só a superloja de artigos licenciados, no meio do Parque Olímpico, vendeu cerca de R$ 18 milhões até a sexta-feira passada e esperava chegar aos R$ 20 milhões até o final do domingo. Ainda na noite do último dia, enquanto acontecia a festa de encerramento, os consumidores faziam fila para comprar uma última lembrança. A Olimpíada de Sydney não foi só a mais organizada ou bem sucedida do século, mas também a mais lucrativa. Uma prova, positiva, de que investimento e organização costumam ser bem recompensados.