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Brasileiras garantiram lugar no pódio em Sydney
Domingo, 01 Outubro de 2000, 18h16

Sydney - Do início da participação brasileira com a nadadora Maria Lenk, em Los Angeles, em 1932, até ganhar as quatro primeiras medalhas, em Atlanta, em 96, as mulheres brasileiras passaram seis décadas sem subir no pódio olímpico. Em Sydney, elas honraram a tradição iniciada há quatro anos em Atlanta e foram responsáveis por quatro medalhas do Brasil nos Jogos. Mas, como no geral da participação do País na Austrália, os resultados foram mais pobres também entre as mulheres em relação à Olimpíada anterior. O Brasil continua dependendo de modalidades bem estruturadas como vôlei (de quadra e de praia) e basquete.

A participação da mulher em Jogos Olímpicos acaba de completar 100 anos. O Brasil participa há 68, mas com começou a ganhar medalhas a partir de Atlanta. Em 1996, dos 225 atletas da delegação brasileira, 66 eram mulheres, que trouxeram um ouro (vôlei de praia), duas de prata (vôlei de praia e basquete) e um bronze (vôlei de quadra). Em Sydney, elas foram 93, entre 205 competidores. As brasileiras ganharam prata e bronze, novamente no vôlei de praia - com Adriana Behar/Shelda e Sandra/Adriana Samuel - e bronze no vôlei de quadra e basquete. "Essa Olimpíada foi excelente para as mulheres", afirma Virna, da seleção brasileira de vôlei. "No nosso caso, poderíamos ter disputado ouro, mas temos a sensação do dever cumprido".

O vôlei tem o que comemorar, mas ainda é exceção. Para a iatista e psicóloga Maria Krahe, a Dijá, 19ª colocada na Classe Star em Sydney, a crescente participação das mulheres na delegação brasileira "é a prova da competência feminina". "As mulheres têm tantas ou mais condições que os homens de trazer medalhas, mas quase todas nós precisamos manter atividades paralelas, o que complica nosso desempenho", afirma.

O Brasil ainda está muito atrasado em vários esportes. Quem acompanhou o sacrifício da levantadora de peso Maria Elizabete Jorge para estar em Sydney sabe que muitas das presenças femininas foram fruto do puro esforço pessoal. Por isso, como sempre acontece ao final de uma Olimpíada, volta a antiga promessa dos dirigentes de se dar mais atenção e estrutura de treinamentos e competições às mulheres. "Precisamos desenvolver a natação feminina no Brasil e vamos montar um programa de quatro anos", anunciou o presidente da Confederação Brasileira de Desportos Aquáticos, Coaracy Nunes.

A promessa não é nova, assim como também não é nova a explicação para o fato de as mulheres não terem bons resultados nas piscinas: falta disposição para de dedicar ao esporte e, principalmente, moldar o corpo com pesados exercícios físicos. A má vontade em relação à musculação também é a explicação do judô, que trouxe cinco competidoras a Sydney e mais uma vez não levou medalha. "O judô feminino é complicado porque a mulher brasileira tem preconceito em relação ao trabalho com pesos", afirma o técnico Geraldo Bernardes. "Elas deveriam treinar para ficar mais fortes".

No atletismo, o esporte de maior popularidade em Olimpíada, dos 18 atletas inscritos pelo Brasil, três eram mulheres - Luciana Alves dos Santos (saltos triplo e em distância), Maurren Higa Maggi (salto em distância) e Sueli Pereira dos Santos (lançamento de dardo). Nenhuma passou das eliminatórias. "Nós, mulheres, ainda estamos longe de uma medalha no atletismo, falta experiência", diz Sueli. A modalidade, segundo ela, não tem a estrutura de esportes como o vôlei, mas boa parte da culpa é dos próprios atletas. Sueli já lançou o dardo a 61,98 metros, seu recorde sul-americano. Em Sydney, não passou de 56,27 metros, o que valeu à brasileira a 23ª colocação entre 36 competidoras. "Não adianta ir bem no Troféu Brasil e no Sul-americano, o atleta tem de fazer seu melhor resultado na Olimpíada, sempre, e isso não foi possível", lamentou.

Agência Estado

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