Rio - O presidente da Federação de Futebol do Estado do Rio de Janeiro, Eduardo Vianna, esteve nesta terça-feira na CBF, em visita a Ricardo Teixeira. Ao deixar a sede da entidade, Eduardo Vianna falou com os jornalistas e as perguntas que ouviu foram inevitáveis: "A saída de Wanderley Luxemburgo foi justa?"
Caixa d´Água, como o dirigente é conhecido, também criticou os demais esportes pelas poucas medalhas conquistadas, em sua opinião, responsabilizando por isso o fim do regime
militar, o que resultou no encerramento de programas de massificação no esporte no Brasil.
O dirigente preferiu não entrar no mérito do assunto seleção brasileira. Limitou-se a dizer que a saída de treinadores é um rotina no futebol mundial e que no Brasil não é diferente. Aproveitou para fazer um lobby em favor de Carlos Alberto Parreira, o qual considera o treinador ideal para o lugar de Wanderley.
Lembrou seu excelente trabalho desenvolvido na Copa do Mundo de 1994, nos Estados Unidos, e ao mesmo tempo destacou a perfeito entrosamento que observou na comissão técnica naquela oportunidade.
Mas como torcedor fanático que é do Americano, como ele mesmo faz questão de revelar, afirmou que prefere sugerir um treinador para o seu clube do que para a seleção brasileira. Ele destacou que o Americano é mais importante.
Voltando a falar com seriedade, o presidente da Ferj disse que todos os treinadores que estão cotados para o lugar de Wanderley Luxemburgo, como Luiz Felipe Scolari, Carlos Alberto Parreira, Levir Culpi, Paulo César Carpegiani, Emerson Leão e Oswaldo de Oliveira são nomes que lhe agradam. Em sua opinião, a Seleção Brasileira teria condições de contar com cinco excelentes equipes, dirigidas por cinco treinadores competentes.
Eduardo Vianna criticou Wanderley Luxemburgo, pelo fato de o treinador não ter convocado para as Olimpíadas jogadores acima de 23 anos de idade. Se dependesse de sua decisão, seriam chamados Vampeta, Edílson e um goleiro experiente. Por esse motivo, é de opinião que Wanderley tem de assumir a responsabilidade de o Brasil ter sido eliminado precocemente dos Jogos Olímpicos.
O dirigente criticou alguns jogadores da seleção olímpica, entre eles o goleiro Helton, que em sua opinião teve falhas imperdoáveis nos gols de falta que sofreu contra África do Sul e Camarões. Eduardo Vianna era favorável à convocação de um goleiro de 30 anos de idade.
Voltou a ironizar para dizer que o Americano também precisa de um goleiro de 30 anos. “Se no Americano entrar goleiro com 25 anos, cai o treinador e o presidente”, brincou.
Por último, Eduardo Vianna disse que não se mostrou surpreso com a eliminação prematura da seleção brasileira nos Jogos Olímpicos. Para reforçar sua opinião, afirmou que o futebol brasileiro não tem tradição em Olimpíadas.