Rio - Os jogadores da seleção chilena colocaram um
ponto final na lei do silêncio, que já vinha durando desde 25 de julho, após
a partida contra a Venezuela, pelas Eliminatórias Sul-Americanas para a
Copa de 2002. Em um comunicado distribuído pela Associação Nacional de
Futebolistas Profissionais (ANFP) do Chile, o elenco se comprometeu a voltar
a dar entrevistas, desde que o assunto seja exclusivamente futebol.
A decisão não foi unânime e muitos jogadores não concordaram com a
volta das entrevistas. Uma prova disto é que dois jornais do país e quatro
repórteres de emissoras de televisão continuam vetados pela seleção chilena.
O motivo da briga entre a equipe e os meios de comunicação foi a divulgação
de imagens em que jogadores apareciam à beira de uma piscina tomando
drinques com mulheres colombianas, às vésperas da vitória de 2 a 0 sobre os
venezuelanos.
Segundo a imprensa chilena, os jogadores que participaram da seleção
que conquistou o bronze nas Olimpíadas de Sydney tiveram um papel
fundamental no fim da lei do silêncio. A equipe que esteve na Austrália
formará a base que jogará contra o Equador, neste domingo, em Quito, pela
nona rodada das Eliminatórias Sul-Americanas para a Copa de 2002.
A principal novidade para este jogo é a entrada do atacante Reinaldo
Navia, em lugar de Marcelo Salas, que permaneceu na Itália tentando se
livrar de uma lesão. Ele fará dupla com Iván Zamorano, tentando repetir o
sucesso de Sydney.
A provável formação para o confronto contra o Equador é a seguinte:
Tapia, Alvarez, Fuentes, Contreras e Olarra; Maldonado, Tello, Estay e
Pizarro; Navia e Zamorano. O Chile divide a sexta posição nas Eliminatórias
Sul-Americanas com os próprios equatorianos, ambos com dez pontos.