Rio – A seleção brasileira entra em campo neste domingo em Maracaibo iniciando uma nova fase, já com o pensamento fixo no segundo turno das Eliminatórias, no substituto de Wanderley Luxemburgo e na composição da nova comissão técnica que poderão ser conhecidos na próxima semana. Na partida contra a Venezuela, Candinho dirigirá interiramente a equipe e para compensar os desfalques de Rivaldo, Flávio Conceição e Júnior, cortados por contusão, apela para quatro titulares vascaínos. A partida, em Maracaibo, começa às 17h (horário de Brasília, 15h no local).
A partida será a última do Brasil no primeiro turno das Eliminatórias Sul-Americanas. Nem mesmo jogando em casa e com a crise da seleção, a fraquíssima Venezuela consegue reverter o favoritismo brasileiro. O Brasil ocupa a quarta colocação, com 14 pontos ganhos. Em oito jogos, venceu quatro, empatou dois e perdeu dois. Marcou 14 gols e sofreu nove. Os venezuelanos são os lanternas, com três pontos ganhos. Em oito rodadas, só tiveram uma vitória e perderam as sete partidas restantes, tendo marcado cinco gols e sofrido 20.
No meio-campo e no ataque, o novo técnico optou por jogadores do Vasco, aproveitando o entrosamento entre Juninho, Juninho Paulista, Romário e Euller. Todos vêm embalados após a goleada de 4 a 0 sobre o Atlético Mineiro, em São Januário, pela Copa João Havelange. Na zaga, Antônio Carlos e Cléber foram companheiros durante bom tempo no Palmeiras. Nesse mesmo clube, em outra época, Cafu e Cléber também atuaram juntos. O zagueiro, que agora é do Cruzeiro, joga ao lado de Donizete. Este último trabalhou com Candinho no Bragantino.
O treinador está tranqüilo e aposta no entrosamento da equipe, apesar de ter comandado apenas um treino coletivo. Candinho quer se despedir da seleção, deixando-a na vice-liderança e atrás apenas da Argentina. Entre os jogadores, apesar do clima pouco alegre, não falta motivação. Romário é o mais entusiasmado e tem motivos de sobra para isso. Vai querer provar mais uma vez que fez falta nas Olimpíadas de Sydney.
A lanterna Venezuela promete surpreender, aparecendo como franca atiradora. Os venezuelanos entendem que a responsabilidade de ganhar é dos brasileiros e, baseados nisso, vão tentar tirar partido da crise que se instalou na equipe visitante. O treinador argentino, José Omar Pastoriza, reconhece o favoritismo do Brasil, mas não perde a espança de surpreender o adversário. Ele ainda não divulgou a escalação da equipe e tem duas dúvidas: na zaga e no meio-campo.
Na defesa, José González, que esteve mal na derrota de 3 a 0 para o Paraguai, será substituído provavelmente por José Manuel Rey. No meio-campo, a tendência é que o substituto de Gabriel Urdaneta, operado de apêndice, seja Juan Arango. Mas o jovem Manuel Alejandro Ponte, que foi convocado pela primeira vez, poderá estrear. E para a posição de Mea-Vitali, que não se apresentou, o escolhido deve ser García.
Pastoriza está se esquivando da imprensa e não quer falar de seus planos para o jogo contra os brasileiros. Interrorogado se sua equipe poderia aproveitar a crise vivida pelo futebol brasileiro, o treinador argentino
preferiu ignorar. “Cada partida é uma história diferente”, disse. Mas Pastoriza deixou escapar que, para ele, a seleção brasileira não é qualquer uma e precisa ser respeitada. “Para vencê-la, temos de ser muito aplicados na marcação”, dá a receita. Os venezuelanos só conseguiram uma vitória nas Elimanatórias, que foi em cima da Bolívia, por 4 a 2. Nos quatro jogos seguintes, perderam todos.
|
|
|
|
|
Venezuela
|
X
|
Brasil
|
|
|
Ficha
Técnica
|
Local |
Estádio
Panchucho, Maracaibo, Venezuela |
Horário |
08/10
- 17h (Brasília - 15h locais) |
TV |
Bandeirantes,
Globo e PSN |
Juiz |
Ubaldo
Aquino (Paraguai) |
Venezuela |
Angelucci,
Jiménez, Alvarado, González (Rey) e Martínez; García, Tortolero, Farías
e Arango; De Ornellas e Morán. Técnico: José Omar Pastoriza |
Brasil |
Rogério
Ceni, Cafu, Antônio Carlos, Cléber e Silvinho; Donizete, Vampeta,
Juninho e Juninho Paulista; Euller e Romário. Técnico: Candinho |
|