Por Alexandre Mata Tortoriello
São Paulo – Depois de lutar por 21 anos para conseguir novamente conquistar um título mundial de pilotos e ter passado perto várias vezes, a Ferrari só conseguiu o feito abandonando sua tradição de equipe genuinamente italiana. A receita certa para o sucesso teve os seguinte ingredientes: um estrategista britânico, um diretor esportivo francês, um piloto alemão. De italiano, apenas o fanatismo da torcida.
A taça chegou com Michael Schumacher ao volante de um carro que sempre contou com as brilhantes táticas de corrida elaboradas por Ross Brawn, chamado de mago por Rubens Barrichello. O comando da equipe fica a cargo de Jean Todt, um baixinho francês que dirige a “Scuderia”como ninguém.
Mas quem imagina que o fanatismo italiano não contou se engana. Considerada uma religião na Itália, a Ferrari faz jus à fama. Toda a equipe trabalhou este ano no feriado mais importante do país, quando nem mesmo jornais funcionam. Apenas serviços públicos essenciais, como setores de emergência em hospitais, funcionam neste dia, conhecido como ferragosto. Na ocasião, Schumacher estava atrás de Hakkinen no campeonato e muitos já davam o finlandês como campeão antecipado.