São Paulo - A eleição para o técnico da seleção brasileira masculina está apenas no primeiro turno. O presidente da Confederação Brasileira de Vôlei (CBV), Ary Graça, diz que tem várias opções além de Bernardinho: Jorginho Schmidt (Ulbra), Ricardo Navajas (Suzano), Cebola (Minas), Alemão e Renan (ambos da Unisul).
De acordo com pesquisas de opinião, Schmidt, Navajas e Cebola correm por fora na preferência do eleitorado. Os treinadores, no entanto, afirmaram que não foram procurados pela CBV e que não pensam no assunto para evitar frustrações.
"É um cargo para alguém competente e político", observa Jorginho, bicampeão da Superliga, que evitou comentar sobre seus concorrentes. "O treinador da seleção precisa combinar com as propostas da CBV."
Navajas, tricampeão da Superliga, apoia-se no campeão olímpico Marcelo Negrão, que defende o Suzano, na sua campanha. "Na verdade tenho fama de ter problemas com os atletas mas é só fama", garante. "O Negrão disse que de tanto falarem de mim, tinha pavor de vir para Suzano e, agora trabalhando com a gente, falou que deveria ter vindo antes."
Bernardinho não é líder disparado à toa. Desde que assumiu o comando da seleção feminina, disputou 22 competições e só não subiu ao pódio na BCV Cup e Mundial de 1998 e BCV Cup de 1999, ficando em todos estes torneios em quarto lugar.
Entre os principais títulos estão o tricampeonato do Grand Prix (1994, 1996 e 1998), o bicampeonato da BCV Cup (1994 e 1995) e o vice-campeonato mundial (1994). Foi responsável pelo processo de renovação quando Ana Moser, Fernanda Venturini, Márcia Fu, Ana Paula e companhia abdicaram da seleção logo após a Olimpíada de Atlanta.
Apostou em Érika, Elisângela, Raquel, Walewska, entre outras. Mesmo com estas novatas, manteve o terceiro lugar dos Jogos de 1996.
Com o Rexona, foi bicampeão (1997/98 e 1999/00) da Superliga em apenas três temporadas disputadas.