Rio - Oswaldo de Oliveira ainda não confirmou se foi sondado ou não pelo presidente da CBF, Ricardo Teixeira, para assumir a Seleção Brasileira. Porém, tudo indica que seu nome é o mais forte para comandar o Brasil no restante das Eliminatórias-2002. Os dois nomes cotados para coordenador-técnico, Carlos Alberto Parreira e Renê Simões, são velhos amigos de Oswaldo. Mas, caso o convite venha mesmo a ser feito, a diretoria vascaína ainda não pensou no que fará se perder o treinador que vem fazendo um ótimo trabalho na Copa João Havelange.
O vice-presidente Eurico Miranda foi taxativo e disse que não foi comunicado oficialmente de nada.
“Não tomei conhecimento, não levo em consideração o que estão dizendo por aí”, afirmou.
Entretanto, ele não perdeu a oportunidade de alfinetar a CBF após se deliciar com a boa atuação dos vascaínos, principalmente de Romário, que defenderam a seleção na goleada sobre a Venezuela (6 a 0, com quatro gols de Romário, um de Euller e outro de Juninho Paulista. Só Juninho, dos jogadores da Colina, não marcou gol ontem).
“Eu disse para quem quisesse ouvir que era preciso levar Romário para as Olimpíadas. Mas eles são os entendidos, não me escutaram. Se escutassem, teriam ganho a medalha de ouro e não estariam em situação complicada nas Eliminatórias”, disse o dirigente.
O presidente Antônio Soares Calçada também fica em cima do muro ao falar sobre a possibilidade de Oswaldo de Oliveira ser convidado para comandar a seleção. “Por enquanto estamos bem tranqüilos, satisfeitos com o trabalho que vem sendo feito até agora. Caso aconteça algum convite, aí vamos pensar em que posição devemos tomar. A diretoria não se pronuncia sobre essas especulações sobre o treinador da seleção”, disse Antônio Soares Calçada.
Ricardo Teixeira diz que vem conversando com vários presidentes de clubes e pedindo avaliações sobre o trabalho que vem sendo feito em seus times. O dirigente do Vasco diz que conversa freqüentemente com o presidente da CBF, mas que não foi questionado sobre o trabalho de Oswaldo de Oliveira.
“Nós nos falamos sempre, mas não conversamos sobre a escolha do novo treinador da seleção. Acho que ele só vai decidir isso mais para o fim do ano”, falou Calçada.
Oswaldo de Oliveira manteve o silêncio no domingo e não quis comentar sobre um possível convite para comandar a seleção.