Santos - Depois de um fim de semana de extrema tensão, marcado pelo descontentamento da torcida, que não se conformou com o empate por 1 a 1 frente à equipe do Vasco da Gama, o elenco do Santos voltou a treinar nesta segunda-feira mais aliviado, porque o próximo compromisso da Copa João Havelange, sábado, contra o Goiás, será realizado no estádio Serra Dourada, em Goiânia, longe da pressão da Vila Belmiro.
Alívio também foi sentido pelo técnico Giba, que foi mantido no cargo, pelo menos por mais uma semana, pelo próprio presidente Marcelo Teixeira. O treinador corria o risco de perder o emprego no sábado, quando o time enfrentou a quarta partida sem vitória, fato que pode comprometer a sua classificação para a próxima fase da competição.
Com 24 pontos ganhos, o Santos encontra-se na 13ª colocação, junto com o Palmeiras. "A melhor resposta para as pessoas que pretendem sabotar o Santos é desenvolver um bom trabalho, colocando o time corretamente nos trilhos, para que ele adquira a velocidade ideal para chegar ao seu destino", afirmou Teixeira, ao contestar as afirmações de que a Vila Belmiro vem se transformando em um barril de pólvora nos últimos tempos.
O dirigente acha que a má fase vai passar e que houve um certo exagero da imprensa ao noticiar a revolta de um grupo de torcedores, que teria rasgado a camisa do atacante Edmundo, em protesto contra o fraco desempenho da equipe e pelo fato do atleta ter errado, por duas vezes, um gol certo na cobrança de pênalti. "No afã de disputar a camisa, um grupo formado por cerca de 30 torcedores acabou deixando-a dilacerada, o que não pode ser configurado como um protesto", disse, lembrando que depois de rasgada, ela só podia ser jogada fora.
Por outro lado, Teixeira garantiu que não vai mais admitir cenas como a verificada no jogo contra a Ponte Preta, quando alguns torcedores invadiram abruptamente o vestiário do time. "Vamos reforçar a segurança, de modo que esse tipo de acontecimento não mais se repetirá na Vila Belmiro", frisou.