Belo Horizonte - O técnico Luiz Felipe Scolari encerrou, em caráter definitivo, as especulações sobre a seleção brasileira. Ainda apontado como favorito para o lugar de Wanderley Luxemburgo, Scolari, que já recusara convite de dirigentes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), disse que não vai mesmo deixar o Cruzeiro. "De uma forma final, eu não sou o técnico, não vou ser e não pretendo ser, o mínimo, até 2002", disse. "Depois de 2002, pode ser que alguma coisa mude", acrescentou.
Além de argumentos anteriormente apresentados, como a boa adaptação de sua família em Belo Horizonte e as excelentes condições de trabalho encontradas no Cruzeiro, o gaúcho acrescentou um novo motivo para não ir para a seleção: a fórmula achada pela CBF para o comando da equipe brasileira, com a figura de um coordenador técnico - Antônio Lopes foi o escolhido -, a quem o treinador seria subordinado.
Embora seja amigo de Lopes, Scolari disse que não se sentiria à vontade para trabalhar no esquema definido. "Para mim, por exemplo, é o técnico e não o coordenador que escolhe jogadores", disse. "E com algumas outras situações que estão sendo apregoadas, eu não tenho condições de fazer", completou.