Belo Horizonte - O Cruzeiro não admite questionamentos quanto ao salário pago a Luiz Felipe Scolari, como deseja o senador Antônio Carlos Magalhães, que declarou neste final de semana que a CPI do Futebol vai começar investigando os vencimentos do técnico cruzeirense.
Segundo o assessor de Imprensa Valdir Barbosa, o presidente do Cruzeiro, deputado federal Zezé Perrela, é da opinião que a CPI do Futebol tem de ser realizada “para passar a limpo o esporte".
No entanto, Perrela entende que a CPI pode investigar com que meios o Cruzeiro paga os salários do seu treinador e se Felipão recolhe regularmente os seus impostos. “Mas não o valor do salário, que não pode ser questionado. Quanto custa um show de Roberto Carlos ou de Chitãozinho e Xororó? Vão ser tabelados? É claro que custam mais que um show de outros artistas menos famosos. Por isso, a CPI tem de saber como o clube paga e se recolhe os impostos", observou o assessor, que não revelou qual o valor do salário de Felipão. O técnico constituiu o advogado belo-horizontino Aristóteles Atheniense para representá-lo em todo o Brasil.
Valdir Barbosa afirmou ainda que começar por Luiz Felipe Scolari seria uma forma da CPI do Futebol se manter em evidência na mídia. “É fácil colocar o nome de uma pessoa em evidência", frisou. De acordo com o assessor, há poucos dias a própria Receita Federal teria divulgado uma nota informando que o Cruzeiro e o Fluminense seriam os únicos clubes que não devem ao Leão.