São Paulo - Logo depois de vencer o GP do Canadá, dia 18 de junho, e abrir uma vantagem de 22 pontos para o segundo colocado na classificação, David Coulthard, o atual campeão do mundo, Michael Schumacher, da Ferrari, declarou: "Agradeço a Rubens a ajuda que me deu hoje, ela será retribuída."
Rubens Barrichello, em segundo, era o mais veloz na parte final da corrida de Montreal. Quando poderia ultrapassar Schumacher e vencer, recebeu a ordem dos boxes para permanecer atrás. Domingo, na última etapa do campeonato, na Malásia, o alemão deverá fazer de tudo para auxiliar Rubinho conquistar sua segunda vitória na Fórmula 1.
Além da prova do Canadá, o trabalho do piloto brasileiro no GP da Alemanha também mereceu agradecimentos explícitos de Schumacher.
"Graças a sua vitória eu e a nossa equipe conseguimos nos manter em primeiro nos campeonatos de pilotos e de construtores."
Ao vencer e deixar Mika Hakkinen e David Coulthard, a dupla da McLaren, em segundo e terceiro, Rubinho garantiu a liderança dessas competições a Schumacher e à Ferrari. Agora, parece que não só o alemão como a própria Ferrari devem concentrar seus trabalhos e estratégia para retribuir a Rubinho sua importante colaboração com o time. Estaria incluído aí também o reconhecimento pela sua dedicação e competência no desenvolvimento do modelo F1-2000, o que deu o título a Schumacher.
"Acho que não tem nada a ver", afirmou Rubinho, durante a festa da conquista do Mundial, no Japão. "Não acredito nessa história de eles trabalharem para que eu vença na Malásia, principalmente porque há em jogo ainda o campeonato de construtores."
Para Rubinho, dependerá muito da situação dos concorrentes na pista para que exista essa ajuda da Ferrari para ele vencer a corrida.
"De repente o Michael está em primeiro e eu em segundo, o que garantiria o título dos construtores, aí pode até ser", comentou em Suzuka.
O que Rubinho não contou é que não serão grandes as dificuldades da Ferrari para levar para a Itália o Mundial de Construtores também. Com 156 pontos na classificação diante de 143 da McLaren, basta a ele e Schumacher conseguirem, juntos, três pontos para seu time ser campeão.
Isso considerando-se que Hakkinen ou Coulthard vença e ou outro chegue em terceiro, no mínimo, o que lhes daria 14 pontos, permitindo à McLaren atingir 157 pontos.
"Seria a coroação de um ano extraordinário para nós", afirmou Jean Todt, diretor esportivo da escuderia, na Itália. Na madrugada de quinta-feira serão realizados os primeiros treinos livres da prova de encerramento do campeonato, 17ª da temporada, no circuito de Sepang, próximo a Kuala Lumpur.