São Paulo - Competir pela equipe Petrobras Júnior da Fórmula 3000, atual campeã, ou na McLaren Júnior. Ao mesmo tempo, ser piloto de testes de Fórmula 1, preferencialmente da Williams ou da McLaren. Esses são os planos do amazonense Antônio Pizzônia, campeão este ano da Fórmula 3 britânica.
O piloto esteve nesta quarta-feira em São Paulo e disse que fará testes com o time da Petrobras, dia 24 no autódromo de Estoril (Portugal), e dia 1º em Barcelona, com o da McLaren. "Sei que é uma decisão difícil e espero acertar."
Desde 1991 um piloto estreante na conceituada F-3 inglesa não era campeão na temporada de estréia, como fez Pizzônia, o "Jungle Boy" (garoto da selva, por ser amazonense). O último havia sido Rubens Barrichello.
"Os resultados ficaram até um pouco acima das nossas expectativas", comentou Pizzonia, de 20 anos. A Fórmula 3000 não estava, em princípio, nos seus planos, mas diante da impossibilidade de conseguir uma vaga na Fórmula 1, esse parece que será o seu caminho.
"Está cada vez mais difícil entrar na F-1." Ele já fez alguns testes para a Benetton e não esconde certa mágoa com o que se passou: "Dei pouquíssimas voltas nos testes de Silverstone, Monza e Magny-Cours, acho que eles nunca tiveram tantos problemas no carro."
Para Pizzônia, é estranho que depois do primeiro teste, em todas as outras oportunidades de mostrar seu trabalho sempre algo o impedia. "O Flavio Briatore queria que eu assinasse um contrato de cinco anos, dando garantias só a ele e nenhuma para mim."
Depois de dizer que não aceitava os termos do negócio, o piloto passou a enfrentar seguidas panes nos treinos. Se der certo com a Petrobras Junior, poderá fazer testes para a Williams. Se for com a McLaren Júnior, treinará também com o modelo de F-1. "Acho que na primeira semana de novembro já terei uma definição."