Rio - Dez jogadoras da seleção brasileira feminina de futebol ficaram sem trabalho esta semana depois de terminarem em quarto lugar nos Jogos Olímpicos de Sydney-2000.
Oito jovens do time do São Paulo -- Tânia, Juliana Cabral, Mônica, Rosana, Simone, Raquel, Formiga e Kátia Cilene -- que disputaram os Jogos Olímpicos, de 15 de setembro a 1 de outubro passados, viram da noite para o dia como o departamento feminino do clube simplesmente fechou. Junto com elas ficaram sem trabalho mais doze atletas.
Na Portuguesa, Nemem e Maravilha foram substituídas do plantel por outras mais jovens, segundo explicou o técnico Wilsinho, que foi auxiliar técnico em Sydney.
"Não foi nada pessoal", comentou o técnico.
No caso do São Paulo, os diretores explicaram que se decidiu economizar depois que a Federação de Futebol reduziu o orçamento destinado ao clube.
"Há três anos que investimos em futebol feminino e sem apoio de nenhum tipo", lamentou a diretora desse setor, Cléo Prado.
No Brasil, país do futebol por excelência, as equipes femininas são ainda consideradas amadoras. Com o desaparecimento do São Paulo, só a Portuguesa e o Vasco da Gama mantêm times de mulheres. No entanto, o orçamento que se lhes dedica não chega nem a 5% do que recebem os masculinos.