São Paulo - A repercussão do caso dos passaportes falsos ganhou força depois que o volante Edu, vendido por US$ 9 milhões do Corinthians para o Arsenal, foi barrado quando desembarcava no aeroporto de Londres. As autoridades inglesas descobriram que o passaporte português com qual o jogador tentava entrar no país era falso. Depois de algumas horas explicando o que havia acontecido, Edu foi obrigado a voltar para o Brasil.
Segundo o irmão do jogador, Jean Gaspar, hoje a situação burocrática do volante já está praticamente resolvida. "Acreditamos que toda a documentação deva estar pronta até novembro, quando o Edu vai apresentar-se no Arsenal", explicou. Para tranqüilizar a já desconfiada torcida corintiana, o diretor de Futebol do clube, Carlos Nujud, assegura que o atleta não sai antes do final da temporada. "Ele estará conosco até o último jogo deste ano”.
Toda confusão é motivada pelo fato de que apenas três jogadores de fora da Comunidade Européia (CE) podem estar em campo por cada equipe. Para abrir mais vagas, desenvolveu-se um esquema para falsificar passaportes, sobretudo italianos e portugueses, que torna um jogador estrangeiro cidadão europeu, deixando-o fora dessa contabilidade.
Os casos mais recentes são os do goleiro Dida, ex-Corinthians, do lateral-direito Alberto, ex-Atlético-PR, e do volante Marcos Assunção, ex-Santos, que foram flagrados na Itália portando documentos irregulares. Os três aguardam decisão da justiça para saber se poderão continuar atuando.