Por Paulo Matuck
São Paulo – A McLaren deixa o ano como a grande perdedora. Não apenas por pela dupla derrota para Ferrari (no Mundial de construtores e pilotos), mas pela forma do fracasso. Veja quem lucrou e quem ficou no prejuízo na temporada 2000 entre os times da F-1.
SOBE
FERRARI - A dupla Jean Todt/Ross Brawn tirou o time italiano da fila depois de colocar ordem na casa e bolar estratégias ousadas para Michael Schumacher. Valorizaram o passe e acabaram com a hegemonia de Adrian Newey, responsável pelos melhores carros da F-1 na última década.
WILLIAMS - O time entrou o ano com o prenúncio de uma temporada ruim. Mudou de motor e esperava muitos problemas com o BMW. Porém, Ralf Schumacher e Jenson Button conseguiram bons resultados durante o ano permitindo maiores sonhos para 2001.
NA MESMA
ARROWS - Começou a temporada sob suspeita de estar usando carros fora do regulamento para andar rápido nos treinos livres. Na pista, mostrou evolução e conseguiu andar bem em algumas pistas. Mas a falta de confiabilidade dos carros fez com que Jos Verstappen e Pedro de la Rosa ficassem pelo caminho na maioria das vezes.
PROST - Sem motor, sem dinheiro e com um carro ruim, fez o que pôde, o que é muito pouco.
MINARDI - Teve um ano atípico. Normalmente o time sempre andou atrás e teve problemas com patrocínio. Neste ano, os problemas financeiros foram menores. Porém, com a saída da Telefônica, deve voltar ao modelo antigo.
DESCE
MCLAREN - O time britânico não perdeu apenas para Ferrari, mas para seus próprios erros. O maior deles foi a tradicional arrogância de Ron Dennis, que achou que seus dois pilotos poderiam disputar o título como Allain Prost e Ayrton Senna fizeram no início da década. Porém, a estratégia esbarrou na incapacidade de David Coulthard e acabou prejudicando Mika Hakkinen.
JORDAN - A equipe que conseguiu andar com as grandes no ano passado acabou voltando para o bloco intermediário.
BENETTON - Ainda com o tímido apoio da Renault, sua nova dona, a equipe se arrastou na temporada 2000. Os investimentos franceses são a chance de reabilitação.
BAR - Com uma estrutura milionária e promessas de resultados a curto prazo, o time naufragou com problemas internos e acabou fazendo mudanças no comando.
JAGUAR - A antiga Stewart, comprada pela Ford no final do ano passado, recebeu mais investimentos. Mas, na pista, decepcionou andando muito atrás do que se esperava.
SAUBER - Nenhuma equipe começou o ano como o time de Peter Sauber. Apresentou seus carros em um estádio suíço cobrando ingressos para o show. Na pista, todavia, foram só vexames. Uma desclassificação na Austrália e o ápice das trabalhadas no GP Brasil quando a escuderia deixou a prova por falta de segurança nos carros.