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Mesmo vice, finlandês aumenta cotação
Domingo, 22 Outubro de 2000, 03h46
Atualizada: Domingo, 22 Outubro de 2000, 03h52

Reuters

Por Paulo Matuck

São Paulo – A temporada 2000 termina com um saldo positivo para a maioria dos pilotos, que conseguiram se valorizar no restrito circo da Fórmula 1. Para alguns, no entanto, a queda foi inevitável. Nesse item, o ano não poderia ser pior para o britânico Johnny Herbert, que acabou ficando sem emprego e forçado a uma aposentadoria na categoria. Só lhe restou a Indy. Veja a situação de cada um ao final do campeonato

EM ALTA

MICHAEL SCHUMACHER - O alemão tirou a Ferrari de um jejum de títulos que já superava duas décadas. Colocou seu nome na lista de tricampeões e parte em 2001 para tentar superar quase todos os recordes da categoria.

MIKA HAKKINEN - Mesmo perdendo, o finlandês deu demonstrações que suas vitórias nos anos anteriores não se deveram apenas ao carro da McLaren. Termina o ano na lista de pilotos fora de série graças, principalmente, à ultrapassagem em cima de Schumacher no GP da Bélgica tendo o brasileiro Ricardo Zonta como miolo de sanduíche na disputa com o alemão.

JACQUES VILLENEUVE - Mesmo na BAR conseguiu mostrar serviço e despertar interesses de equipes como McLaren e Williams. Resolveu permanecer na equipe, que promete melhores condições e lhe garantiu alguns milhões de dólares a mais na conta.

JENSON BUTTON - O britânico venceu o duelo pré-temporada com o brasileiro Bruno Junqueira por uma vaga na Williams e apesar da pouca idade (estreou com 20 anos), mostrou serviço. Fez algumas boas provas que lhe garantiram um lugar na Benetton no ano que vem.

JOS VERSTAPPEN - Depois de passar uma temporada a pé por falta de combustível financeiro, voltou à F-1 na Arrows e conseguiu mostrar que é rápido enquanto o carro dura.

PEDRO DE LA ROSA - Em sua segunda temporada na F-1, teve seus bons momentos. Mas, a exemplo de seu companheiro de escuderia, algumas provas foram comprometidas por causa da falta de confiabilidade da Arrows.

RALF SCHUMACHER - Há muito saiu da sombra do irmão e nesta temporada confirmou ser um candidato a piloto top.

MIKA SALO - Na grande maioria das vezes na frente de seu companheiro de equipe, o finlandês fez apresentações que lhe garantiram uma vaga na promissora equipe Toyota.

NA MESMA

RUBENS BARRICHELLO - Uma temporada razoável em sua estréia em um time grande. Conseguiu vencer pela primeira vez, somou pontos importantes para levar a Ferrari ao título de construtores, mas sempre ficou atrás do piloto número 2 da McLaren. Continua na zona entre um piloto mediano e um campeão. No ano que vem terá que mostrar a qual grupo pertence.

GIANCARLO FISICHELLA - Mesmo com o carro ruim da Benetton, conseguiu evitar vexame. Somou pontos que lhe garantiam o emprego para 2001 com melhores perspectivas, já que a Renault deve aumentar seus investimentos no time.

EDDIE IRVINE - O irlandês trocou a Ferrari pela Jaguar por um salário milionário e prometendo colocar o time entre os grandes. Nada. O contra-cheque, no entanto, continua o mesmo.

JEAN ALESI - Com um Prost nas mãos, o máximo que o francês conseguiu fazer foi aumentar o número de participações em GPs.

MARC GENÉ - As últimas filas são seu habitat natural. Com a saída da Telefônica, deve perder o lugar na Minardi. Mas já negocia com a Prost. Ou seja, troca seis por meia dúzia.

PEDRO PAULO DINIZ - Comprovou mais uma vez a máxima que diz: de onde menos se espera é que não vem nada mesmo.

GASTÓN MAZZACANE - Depois de segurar Mika Hakkinen por algumas voltas no GP dos EUA, disse que sentiu que pode ser um piloto de ponta. Então tá.

DESCE

ALEXANDER WURZ - Carro ruim, piloto pior ainda. O fraco carro da Benetton propiciou poucos bons momentos ao seus pilotos, mas Wurz não soube aproveitar as reduzidas chances que teve. Acabou sendo dispensado e para sobreviver na F-1 teve que aceitar o cargo de piloto de testes da McLaren.

JOHNNY HERBERT - Teve um desastroso início de temporada e a Jaguar estudou a possibilidade de substituí-lo antes mesmo do final da temporada. Conseguiu garantir o emprego até o fim do ano. Mas é carta fora do baralho da F-1.

NICK HEIDFELD - Considerado uma das promessas do automobilismo depois de vencer o Campeonato Internacional de F-3.000 teve como único lance memorável na temporada 2000 o acidente que provocou com Jean Alesi tirando os dois carros de sua equipe da prova.

RICARDO ZONTA - Depois de tirar Michael Schumacher e Jacques Villeneuve de provas com suas barbeiragens, mostrou no GP da Bélgica, no sanduíche entre o alemão e Hakkinen, que ficar parado na pista é com ele mesmo. No ano que vem, vai ter que se contentar com um lugar de piloto de testes da Jordan. Volta para o mesmo ponto onde começou a carreira na F-1, em 97. Só que, agora, acumulando duas temporadas com desempenho pífio.

DAVID COULTHARD - Começou o ano cantando vitória e se dizendo um adversário de Hakkinen na luta pelo título. Na hora da decisão, mostrou ser mesmo um piloto medíocre sem condições de ser campeão mundial em uma disputa acirrada.

HEINZ-HARALD FRENTZEN - Depois de uma temporada atípica na Jordan em 99, quando chegou a vencer e lutar pelo título, voltou ao normal.

JARNO TRULLI - Outro que não conseguiu se salvar no desastre da Jordan neste ano. Sério candidato à ser uma nova versão de Jean Alesi, um campeão de participações em GPs. E só.

Redação Terra


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