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Maurício culpa Radamés, enquanto Tande divide responsabilidade
Quinta-feira, 26 Outubro de 2000, 01h10
Atualizada: Quinta-feira, 26 Outubro de 2000, 01h10

Belo Horizonte - Tande não concorda com as críticas do levantador Maurício, que responsabilizou o técnico Radamés Lattari pela eliminação da Seleção Brasileira de vôlei de quadra nas Olimpíadas de Sydney. “Pela imagem que o Maurício construiu, acho até difícil acreditar em tudo o que falou sobre o assunto. Não achei nada legal o que foi dito, porque a culpa foi de todos nós. Também não criticaria um grupo do qual fiz parte", condena. A eliminação, de acordo com Tande, foi motivada pela pressão de estar disputando uma vaga para a semifinal com a Argentina. “Nossa campanha não foi ruim. Fomos o primeiro do grupo, vencendo Holanda e Cuba e tendo perdido apenas um set para a Espanha", avalia o jogador. De volta à areia, Tande reassume a presidência da Associação dos Jogadores Profissionais de Vôlei de Praia, cargo que ocupa há um ano. “É até bom participar do qualifying por causa desta função que exerço, já que tenho a oportunidade de conversar com os jogadores e observar o que está acontecendo", afirma. Para Tande, disputar o torneio classificatório não tem nada de moleza. “Temos que entrar concentrados do mesmo jeito para que não haja surpresas", afirma. A dupla joga hoje, às 10 horas, contra David/Luciano (SC/PB), decidindo uma vaga na fase principal. Com Tande, Emanuel deixou de jogar na saída-de-rede, sua posição no período em que fez dupla com Loyola. Ao lado de seu ex-parceiro, Emanuel terminou em nono lugar nas Olimpíadas de Sydney, uma posição ruim para uma dupla favorita à medalha de ouro. “Não joguei no início da partida contra os espanhóis, errando muitas bolas. Quando equilibramos, os espanhóis continuavam bem e fecharam o jogo", explica Emanuel. O jogador ressalta que o desempenho brasileiro nas Olimpíadas serviu para mostrar a realidade do esporte no país. “Temos a cultura do imediatismo. Preparamos para o que irá acontecer daqui um ano e não fazemos um planejamento mais longo. Outro problema é o lado emotivo do brasileiro, que gosta de ter a torcida do lado deles para bater forte na bola e por a energia para fora. Jogadores de outros países são mais frios".

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