Rio - O presidente da Federação Boliviana de Futebol, Walter Castedo, fez severas críticas ao goleiro Mauricio Soria, que agrediu com uma cabeçada o companheiro de seleção Julio Baldivieso, no empate por 3 a 3 entre o Wilsterman e o Bolívar, na última quarta-feira, em La Paz, pelo Campeonato Boliviano.
Depois de ser expulso, o goleiro, que defende o Wilsterman, foi detido por ter desacatado policiais.
"Quando vi as imagens pela TV não pude crer. Assistir a Soria golpeando os policiais é algo que não se pode qualificar", declarou Castedo.
"Soria e Baldivieso são dois jogadores de seleção, e por isso devem modificar seu comportamento.
O técnico da Bolívia, Carlos Aragonés, lamentou o incidente e disse que vai conversar com o goleiro antes de convocar a equipe que enfrenta o Uruguai dia 15, em La Paz, pela primeira rodada do segundo turno das Eliminatórias Sul-Americanas da Copa de 2002. Aragonés declarou que estranhou o comportamento dos dois jogadores. Quanto à Baldivieso, que teve algumas boas atuações durante a primeira rodada das Eliminatórias, o técnico afirmou que sua convocação vai depender da seqüência de jogos que realizar no Bolívar, já que está voltando de contusão. Aragonés manifestou também sua preocupação com a crescente violência no futebol boliviano.
Nesta semana, cerca de 100 proprietários de automóveis realizaram um protesto na praça central de Santa Cruz, a 880km de La Paz, pedindo ajuda financeira para a reforma de seus veículos, apedrejados na quarta-feira por torcedores do Guabirá, enfurecidos com a derrota para o Oriente Petrolero por 2 a 1. Os manifestantes se dirigiram à sede do Oriente e à Liga Profissional de Futebol, mas não obtiveram resposta.