São Paulo - Mais um piloto brasileiro está chegando à Fórmula Indy. Para pilotar seu único carro na próxima temporada, a estreante equipe Sigma contratou Max Wilson, que até o ano passado competia na Fórmula 3000 - mesma categoria da qual veio Bruno Junqueira, recém-contratado pela Chip Ganassi.
Com chassis Lola e motor Ford, Max vai disputar a categoria que, na sua opinião, é mais interessante que a Fórmula 1.
"Não estou metendo a boca na F-1 porque não deu certo de eu ir para lá, mas hoje se pudesse escolher, eu pegava a Indy", jura o piloto, num discurso semelhante ao de todos que chegam à categoria, mas que tem uma boa justificativa para quem não se conforma em ser mero retardatário: "Na F1, se você não está em duas ou três equipes, não chega na frente. Não que seja ruim, mas prefiro ter um lugar onde eu possa ganhar uma corrida."
Max explica a razão essa competitividade: "Aqui, se você não tem um simulador ou um túnel de vento, não quer dizer que não vai ganhar." Max foi apresentado a Tom Weiringa, dono da equipe, pelo manager da Sigma, que o conhecia da F3000: "Não deu certo no ano passado, porque ficou muito em cima da hora, e esse ano apareceu a oportunidade, quando eu nem esperava."
Surgiu a chance, mas o carro ainda não: "As coisas estão um pouco atrasadas. Já era para eu estar treinando, mas não estou. Falta chegar algumas pecinhas, mas em 15 ou 20 dias, deve estar pronto." Assim, a Indy deverá ter 11 brasileiros em 2001.
Os outros são Gil de Ferran, Hélio Castro Neves, Christian Fittipaldi, Maurício Gugelmin, Roberto Pupo Moreno, Luiz Garcia Jr., Tarso Marques, Tony Kanaan, Cristiano da Matta e Bruno Junqueira. Garcia estava ameaçando deixar a PRG se não tivesse um carro mais competitivo, mas ontem a equipe confirmou que ele fica.