Rio - No Canadá, tratam-no como rei, titular da seleção; no Botafogo, é apenas um servo. O zagueiro Tony passa por momento antagônico na vida profissional. Mas, apesar de conviver com o ostracismo de ser o quinto reserva alvinegro, recebeu boa proposta do América do México, que deverá ser seu novo clube em 2001.
“Eu joguei muito numa partida pelas Eliminatórias, contra a seleção do México. O América, cujo presidente é dono da Televisa, já iniciou os contatos e chegou perto do que quero”, disse Tony, que há três meses foi sondado pelo Blackburn, da Inglaterra.
Convocado para a seleção do Canadá para enfrentar o México, no dia 15, Tony aguarda com ansiedade a possibilidade de ser titular pelo Botafogo contra o Bahia, pois Dênis está com dores na coxa direita. Ele pretende mostrar toda a sua capacidade para não sair mais da equipe e garante que, se convencer Clemente, nem se integrará à seleção canadense.
“Já avisei que o Botafogo é a minha prioridade. O Canadá é como um bico. Se eu jogar, vou fazer de tudo para ser mantido e aproveitado para os jogos dos dias 12 e 16, contra Vasco e Santa Cruz. Quero provar que estou no mesmo nível de todos os zagueiros”, afirmou.
Tony não é falastrão. Porém, deixa a modéstia de lado para explicar sua condição no Canadá:
"Lá eu mando, escalo time. Sou eu e mais dez. Apareço mais porque somos muito atacados."