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Rincón deve deixar o Santos depois da JH
Quinta-feira, 02 Novembro de 2000, 09h26
Atualizada: Quinta-feira, 02 Novembro de 2000, 09h27

São Paulo - Rincón deixará o Santos depois da participação do time na Copa João Havelange. O jogador recebeu duas propostas de clubes brasileiros e manifestou interesse em abandonar a Vila Belmiro muito antes do encerramento do seu contrato, previsto para 2002.

Contrariado, o colombiano treinou quarta-feira em Jarinu, onde a equipe está concentrada desde segunda-feira.

A saída de Rincón é quase uma unanimidade entre os principais dirigentes do clube. Apenas o presidente Marcelo Teixeira não concorda. Como Teixeira foi quem bancou a contratação, o caso deve se arrastar até o final da Copa JH.

"Estão especulando muito de uma coisa que é normal. Estou treinando aqui em Jarinu, sem problema nenhum. Disseram que dei um perdido (sumiço) desde sábado e não é verdade. Só entendi que deveria ficar em Santos me recuperando de uma contusão no púbis", disse Rincón em Jarinu.

O colombiano só foi ao retiro do Santos no interior por exigência dos dirigentes e do treinador. Mesmo assim, não entendeu bem o que estava fazendo lá.

"Alguma coisa está errada, meio esquisita aqui. Conversei com Parreira segunda-feira na Vila e ele se assombrou quando me viu aqui treinando."

Parreira não "se assombrou" como disse Rincón. O técnico, com respaldo do médico do time, exigiu que o colombiano fosse treinar com os outros jogadores no Interior e não na Vila Belmiro, como era seu desejo.

Todo esse imbroglio é apenas mais um indício de que o atleta está de saída.

Vasco e Cruzeiro querem Rincón. Luiz Felipe Scolari indicou o volante aos dirigentes do clube mineiro para a campanha da Libertadores de 2001.

Rincón teve uma reunião com Paulo Ferreira, diretor que chefia a delegação em Jarinu, para definir se ele ficaria ou não treinado com o time no interior. Ferreira garantiu a Carlos Alberto Parreira que o volante não abandonaria a concentração.

O colombiano foi suspenso pelo quinto cartão amarelo e não pode jogar domingo contra o Coritiba, em Curitiba. Edmundo, expulso contra o Bahia, também não joga. Valdo e Caio, machucados, estão fora da partida.

Com tantos problemas, Parreira enfrenta uma série de dificuldades para chegar à escalação ideal. O técnico tem poucas opções, mesmo recorrendo aos juniores para enxertar a equipe. A situação mais complicada é no ataque, em que falta um parceiro para Dodô.

"Tenho quatro alternativas e espero definir até sexta-feira. Preciso de um atacante com presença na área", disse o treinador.

As quatro opções: Deivid, Gaúcho, Júlio César e André Dias. O mais cotado é Gaúcho. Parreira não tem mais dúvidas nas outras posições. O Santos deve iniciar a partida com Carlos Germano, Michel, Preto, Claudiomiro e Léo; Sangalletti, Anderson Luís, Renatinho e Eduardo Marques; Dodô. Falta apenas o segundo atacante.

Jornal da Tarde


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