São Paulo - Após conquistar o título da Fórmula Indy na equipe Penske, Gil de Ferran disse que por enquanto não pensa em deixar a categoria para disputar a Fórmula 1.
``Estou muito contente na Penske. A atmosfera é fantástica. Me sinto em casa e não tenho a menor intenção de mudar de endereço'', afirmou o brasileiro na sexta-feira em entrevista coletiva, em São Paulo.
Gil de Ferran disse que, para vencer na Indy, o piloto tem que ser regular e não pode ser especialista em nenhum tipo de circuito (misto, de rua, oval). Com apenas duas vitórias, o brasileiro garantiu o título deste ano, com 168 pontos, 10 a mais que o mexicano Adrian Fernandez.
O piloto não quis, no entanto, desmerecer os profissionais que disputam a Fórmula 1. ``As propostas são diferentes. Enquanto a Indy restringe o progresso tecnológico, a F-1 tem a máquina mais especial que uma fábrica pode produzir.''
Gil de Ferran está empolgado para voltar a disputar um Grande Prêmio na Europa, principalmente na Inglaterra, onde tem vários amigos. Em 2001, a Indy terá provas no antigo continente, o que não aconteceu este ano.
Para o brasileiro, a movimentação internacional da Indy acontece ``pela demanda do mercado'', que está deixando de ser apenas norte-americana.
O piloto explicou a ``invasão brasileira'' na Fórmula Indy pelo talento. Além dos 10 que disputaram a categoria este ano, Bruno Junqueira tem participação garantida em 2001: ``As equipes estão se tornando cada vez mais profissionais e os donos acabam buscando os bons pilotos, independentemente da nacionalidade. A explicação é que os brasileiros são talentosos''.
Segundo Gil, os principais pilotos da Indy atualmente são Pablo Montoya, que está se transferindo para a Williams, na F-1, Helio Castroneves, Paul Tracy e Michael Andretti.