Santos - A bronca que o presidente Marcelo Teixeira deu no volante Freddy Rincón, na última segunda-feira, obrigando-o a viajar imediatamente para Jarinu, a fim de reintegrar-se à equipe que iniciava concentração no Sítio Santa Filomena, serviu de exemplo para toda a equipe.
Depois de quatro dias de treinamentos intensivos, até os jogadores que vão ficar de fora da partida de domingo, contra o Coritiba, como é o caso do atacante Edmundo, expulso no jogo contra o Bahia, consideraram o retiro bastante positivo.
"Estava muito cansado, depois de uma série de jogos que vinha enfrentando, e essa semana de treinos fora de Santos chegou em boa hora, para que a gente pudesse aprimorar a parte física, ainda mais em um lugar gostoso como este aqui", avaliava Edmundo.
Mesmo tendo de cumprir suspensão automática, o atacante, que é o maior salário do Santos FC, ofereceu-se, de pronto, para integrar a equipe que viaja na tarde de sábado, para Curitiba, no Paraná. Mas segundo antecipou nesta sexta-feira o vice-presidente do clube, Norberto Moreira da Silva, "os atletas que não forem jogar serão automaticamente dispensados".
Em entrevista concedida à rádio CBN/Santos, o dirigente deixou claro que o clube não imporia esse sacrifício aos jogadores, "isso sem levar em conta o gasto desnecessário com passagens aéreas e hospedagem".
Entretanto, ponderou que a presença de todo o elenco no Sítio Santa Filomena, no decorrer da semana, "foi importante para que o técnico Carlos Alberto Parreira pudesse conhecer melhor toda a equipe, até para poder fazer os ajustes necessários visando o jogo decisivo no Paraná.
"Porque só restam duas alternativas ao Santos: ganhar ou ganhar, se quiser continuar participando da Copa João Havelange", frisou.
O Santos ocupa hoje a 18ª colocação na tabela, depois de liderar a competição, tendo sido ultrapassado pelo Guarani, que venceu a Ponte Preta na quinta-feira. "Acho que após essa semana de treinamento intensivo, teremos condições de superar as adversidades, vencendo o Coritiba e os próximos quatro jogos, porque o elenco é bom e já deveria estar entre os 12 classificados", argumentava o goleiro Carlos Germano, acreditando na virada do Santos.