Belo Horizonte - O técnico cruzeirense recusou-se, nesta sexta-feira, a comentar declarações do ministro da Previdência Social, Waldeck Ornélas, de que a relação entre ele e o clube mineiro seria exemplo de fraudes praticadas no futebol brasileiro para driblar o fisco. Em depoimento à CPI do Futebol, no Congresso, o ministro referiu-se ao fato de Scolari receber salário como pessoa jurídica, e não física. "Sou funcionário do Cruzeiro e quem tem que se pronunciar sobre isso é a diretoria do clube", disse o treinador.
Já o vice-presidente do Cruzeiro, Alvimar Perrella, confirmou que Scolari recebe parte de seus salários por meio da empresa que possui e, outra parte, como pessoa física, com registro em carteira. O dirigente, no entanto, garantiu que a situação contratual do técnico está "dentro da Lei". "Não apenas Scolari, mas quase todos os jogadores do Cruzeiro recebem parte dos salários como pessoas físicas e parte como pessoas jurídicas, por meio de uma empresa que trata do uso de suas imagens", afirmou. "Isso é legal, mas se o ministro quiser mudar a legislação, o Cruzeiro não terá problemas em se enquadrar às novas regras", completou.