São Paulo - Aos 24 anos, bicampeão de Roland Garros e líder da Corrida dos Campeões, o tenista brasileiro Gustavo Kuerten está muito próximo de ser coroado o novo número 1 do mundo também na Lista de Entradas.
Apenas 17 jogadores, nos 27 anos de história da Lista de Entrada da ATP, alcançaram esta posição.
Agora, o Brasil poderá entrar na realeza do tênis com Guga devendo alcançar o topo no Masters Series de Paris, dentro de duas semanas.
Com a introdução da Corrida dos Campeões, neste ano, a Associação dos Tenistas Profissionais (ATP) procurou desviar um pouco a atenção do que é na realidade o verdadeiro ranking mundial. Afinal, a Lista de Entrada, o sistema de 52 semanas, é o critério mais justo para apontar o número 1, apesar de seus cálculos complexos.
Tanto isso é verdade que é ela que determina as posições mais importantes de um torneio, como os cabeças-de-chave e os tenistas aceitos, sem a necessidade de passar pelo qualifying.
A Corrida dos Campeões foi criada apenas para facilitar o acompanhamento pela torcida, num sistema semelhante ao da Fórmula-1, mas que apenas no fim do ano premia com a liderança o jogador que realmente mereceu alcançar o topo da lista.
Na próxima semana, no ATP de Lyon, o brasileiro poderá aproximar-se do líder, o norte-americano Pete Sampras. Mas mesmo que o brasileiro conquiste o título ficará ainda a 40 pontos da posição de número 1 do mundo. A competição francesa é um International Series-2 e dá ao campeão 225 pontos. A diferença atual entre Guga e Sampras está em 265, com pequenas variações que só aparecerão na lista a ser divulgada nesta segunda-feira.
A conquista a liderança da Lista de Entrada é um fato histórico no tênis. Tanto é que a própria ATP instituiu um troféu especial para este evento.
Desde 1973, a coroa de rei do tênis passou por 17 nomes, começando com o romeno Ilie Nastase, seguido de John Newcombe (Austrália), Jimmy Connors (EUA), Bjorn Borg (Suécia), John McEnroe (EUA), Ivan Lendl (da então Checoslováquia, quando ocupou pela primeira esta posição), Mats Wilander (Suécia), Stefan Edberg (Suécia), Boris Becker (Alemanha), Jim Courier (EUA), Pete Sampras (EUA), Andre Agassi (EUA), Thomas Muster (Áustria), Marcelo Rios (Chile), Carlos Moya (Espanha), Yevgeny Kafelnikov (Rússia) e Patrick Rafter (Austrália).