São Paulo - O técnico Candinho, do Corinthians, voltou a culpar a defesa pela derrota para o Cruzeiro por 3 a 1, sábado, em Belo Horizonte. Na opinião do treinador, o segundo gol do time mineiro, que desempatou a partida, foi conseqüência da falta de atenção do sistema defensivo da equipe paulista.
"Geovanni, um jogador de baixa estatura, não poderia ter levado vantagem sobre nossa defesa e marcar o gol de cabeça", disse o treinador. "O erro foi fatal. " Foi a nona derrota consecutiva do Corinthians, oito na Copa João Havelange e uma na Mercosul.
Em sete jogos o time levou três gols em cada partida. Perdeu do Atlético-PR, Portuguesa, Guarani e Olimpia pelo mesmo resultado (3 a 2). Já contra o Fluminense, Sport e Cruzeiro o resultado foi 3 a 1. O Corinthians perdeu para o Bahia por 2 a 1 e para o Internacional por 1 a 0.
Candinho, que perdeu seis jogos, não consegue explicar o fracasso da equipe. Seu discurso, no fim da partida em Belo Horizonte, foi o mesmo das partidas anteriores. "Quando assumi a equipe, a situação já estava complicada", disse o treinador. "Aqueles problemas que eu havia destacado, como contratações com a competição em andamento e o excesso de contusões refletiram nas derrotas." O treinador disse ainda que a tabela tem sido ingrata para sua equipe. São cinco jogos fora de São Paulo, contando com a partida realizada contra o Olimpia, no Paraguai, pela Mercosul.
"Até agora não tive um sorvete", comentou o treinador, que na quinta-feira terá o Juventude, no Pacaembu. Será a oportunidade para o Corinthians evitar que o time atinja a marca de 10 derrotas seguidas.
O zagueiro Fábio Luciano afirmou no fim da partida de sábado, que novamente o meio-de-campo e o ataque não ajudaram a defesa. Marcelinho evitou comentar a declaração do companheiro. "Às vezes alguém fala alguma coisa com a cabeça quente, por causa da derrota, por isso não vou falar nada sobre isso", disse o atacante.
Antes do jogo de sábado, a diretoria do Cruzeiro tentou convencer o vice-presidente de Futebol do Alvinegro, Antônio Roque Citadini, a emprestar o passe de Marcelinho, em janeiro, como compensação pela ida de Müller por quatro meses para o Parque São Jorge. Citadini foi intransigente ao afirmar que não há acordo sobre a transferência de Marcelinho para Belo Horizonte.