Brasília - A CPI do Futebol, no Senado, dever aprovar nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário de 19 empresários brasileiros que fazem a intermediação na compra e venda de jogadores. De acordo com o relator da comissão, senador Geraldo Althoff (PDL-SC), a abertura da conta desses empresários, todos eles cadastrados na Confederação Brasileira de Futebol (CBF), vai possibilitar o exame da "caixa-preta" formada pelas volumosas transações envolvendo profissionais de todo o País. "Queremos saber o que vai para a conta de cada um", informou.
A partir desta terça-feira, a CPI adotará os primeiros procedimentos para investigar a situação dos bingos. Um requerimento do relator vai pedir à 10ª Vara da Justiça Federal, em Brasília, cópia dos processos sobre as empresas responsáveis pelo funcionamento dos bingos.
Além dos cerca de 20 depoimentos já aprovados, a CPI também quer ouvir o sócio da empresa Traffic Assessoria e Comunicações SC Ltda, que intermediou o contrato da Nike com a CBF, J. Ávila, e os presidente das Associação dos Profissionais de Futebol, Wilson Piazza, e da Federação Metropolitana de Futebol do Distrito Federal, Weber Magalhães.
A quebra do sigilo bancário do deputado Eurico Miranda, vice-presidente do Vasco da Gama, não consta por enquanto nos planos do presidente da CPI do Senado, Álvaro Dias (PSDB-PR). Dias disse que até agora não surgiu motivos que levem a isso. Segundo ele, a comissão vai atuar se orientando por "critérios de responsabilidade" e não por atos que possam ser confundidos por motivações pessoais.