Rio - O empresário Reinaldo Pitta, um dos procuradores do atacante Ronaldo, da Inter de Milão, reagiu com muita irritação à decisão da quebra de seu sigilo bancário e fiscal, tomada nesta terça-feira pela Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Senado, e ainda ironizou a medida.
"Se querem passar a limpo o futebol, vão ter de moralizar também o Senado, o Congresso", afirmou. Ele disse ainda que os parlamentares deveriam dar um exemplo ao Brasil, deixando à disposição da Justiça e da população toda a movimentação bancária de cada um.
"Estão armando um circo, não gosto dessa palhaçada", continuou.
Pitta lembrou que negociou Vampeta por US$ 18 milhões para a Inter de Milão há poucos dias e que não recebeu "nenhum cumprimento" das autoridades brasileiras por ter sido responsável pela entrada no país de tantos dólares.
Depois do desabafo, preferiu demonstrar desdém à decisão da CPI. "Não estou acompanhando isso, tenho muitas coisas a fazer", declarou.