Brasília - O presidente da CPI do Futebol, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), está tentando encontrar alguma brecha jurídica para poder ter acesso, no exterior, à movimentação financeira da Nike relativa ao contrato com a CBF, já que a Comissão não pode pedir quebra do sigilo bancário de uma empresa estrangeira.
Dias revelou já ter encomendado à assessoria jurídica da CPI um estudo sobre a viabilidade de a Justiça brasileira solicitar à Justiça do país onde a Nike tem sede informações sobre tal movimentação.
Álvaro Dias também afirmou que a CBF está retardando a entrega, para a CPI e para o Banco Central, de informações sobre compra e venda de jogadores envolvendo clubes estrangeiros. A CPI já começou a receber dados bancários da CBF, da Traffic - a intermediadora do contrato com a Nike - e do ex-técnico da seleção Wanderley Luxemburgo.
Os gastos em cartões de crédito de Luxemburgo também estão sob análise dos senadores, que vão ouvir o ex-jogador Wilson Piazza na segunda-feira. Ele preside a Federação de Associações de Atletas Profissionais e pode falar sobre contratos de jogadores e a participação de empresários nas negociações.