Porto Alegre - A Associação de Funcionários do Inter (Asfinter) debateu ontem o atraso nos salários do clube. Os salários de outubro deveriam ter sido pagos ontem, mas não havia dinheiro.
A diretoria da associação informou que boatos de greve circularam na assembléia de ontem, mas a administração do Inter disse não ter sido informada da possibilidade de paralisação.
O presidente da Asfinter, André Montemuro, disse que funcionários do clube chegaram a falar em cruzar os braços devido ao atraso.
”Mas os funcionários sabem das dificuldades do clube, estamos esperando até amanhã para propor algo assim em assembléia”, disse Montemuro.
De acordo com o vice-presidente de Administração do Inter, João Patrício Herrmann, nenhuma manifestação de descontentamento que pudesse provocar greve chegou à diretoria do clube.
”Estive reunido com funcionários, expliquei os problemas financeiros e ninguém me falou de greve. Acho que são boatos plantados”, disse Herrmann.
Até a posse da atual diretoria, os funcionários recebiam semanalmente, mas para reduzir despesas com folha de pagamento, o salário passou a ser pago no ínício do mês e com um adiantamento quinzenal. O adiantamento do meio de outubro atrasou, bem como o salário integral, que deveria ter saído ontem.
”Garantimos o pagamento até sexta, e a nossa relação com os funcionários me permite acreditar que ninguém aqui, sabendo das dificuldades do clube, vai entrar em greve”, comentou Herrmann.