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Santilli é o braço direito de Leão
Domingo, 12 Novembro de 2000, 22h01
Atualizada: Segunda-feira, 13 Novembro de 2000, 00h23

São Paulo - Ninguém melhor do que Pedro Santilli para ser os olhos e os ouvidos do técnico Emerson Leão na partida da seleção contra a Colômbia, quarta-feira, no Morumbi. Amigo do treinador desde a infância, em Ribeirão Preto, Pedrinho, como é chamado, há 11 anos é o braço-direito do treinador, desde que começaram a trabalhar juntos.

Por isso, ele deverá ser o "representante" de Leão no banco de reservas, caso a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) não consiga a liberação do técnico.

Leão está suspenso por 20 dias pelo Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) por causa da sua expulsão no jogo da sua equipe, o Sport, contra o Vitória, em Salvador, pela Copa João Havelange. A punição termina quinta-feira.

Pedrinho acha que Leão vai ganhar o direito de ficar no banco. "Mas se não der certo e se eu for o escolhido por ele para transmitir suas orientações aos jogadores, não haverá problema", garante o auxiliar. "Já fizemos isso várias vezes, principalmente na época do Santos."

Pedrinho, de 54 anos, ex-goleiro do Comercial, atualmente treinador de goleiros do Grêmio e auxiliar do técnico Celso Roth, conheceu Leão no tempo de "peladas" em Ribeirão Preto, cidade onde nasceram. "Eu já atuava no gol, mas Leão era atacante.’’ Na época, eles eram garotos de 11, 12 anos. "Depois, ele foi para São José dos Campos e começou a jogar no gol, no futsal. Eu fui tentar a sorte no Comercial." Em 1969, Leão voltou a Ribeirão Preto, para prestar o serviço militar e logo começou a jogar no Comercial. No mesmo período, Pedrinho estava fora da cidade. Cada um seguiu o seu caminho. Leão veio para o Palmeiras e o amigo, que se formou posteriormente em Educação Física, foi trabalhar como preparador físico e treinador de goleiros em vários clubes do interior paulista.

Apesar da distância, os dois mantiveram a amizade. Em 1989, quando Leão foi dirigir o Palmeiras, convidou Pedrinho para ser auxiliar. Os dois trabalharam juntos nas maioria dos clubes e até no Japão. Em 90, foram para o São José e para a Portuguesa. No ano seguinte, atuaram pelo Guarani. Um mês depois, Leão foi chamado para ser supervisor do XV de Piracicaba. Pedrinho ficou no Guarani. Em 92, Leão voltou para a Lusa e levou Pedrinho. Em 93, no Japão e, em 95, no Juventude. No ano seguinte, Leão foi sozinho para o Atlético-PR e depois retornou ao Japão.

Os dois trabalharam outra vez juntos no Santos, em 1998. No ano seguinte, foram para o Inter de Porto Alegre. Depois transferiram-se para o Grêmio. Neste ano, Leão recebeu convite para trabalhar no Sport Recife, mas a diretoria do Grêmio não liberou Pedrinho.

Chamado para ser o técnico da seleção, Leão pensou no amigo. "Estou radiante com a chance de trabalhar na seleção e novamente ao lado Leão", finaliza Pedrinho Santilli, visivelmente emocionado.

O Estado de S.Paulo


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