Recife - É neste domingo à noite, no Hotel Transamérica, em São Paulo, a apresentação dos 18 jogadores convocados pelo técnico Émerson Leão para a partida válida pelas Eliminatórias Sul-Americanas da Copa do Mundo entre a seleção brasileira e a Colômbia, na quarta-feira, em São Paulo. Leão avisa: não quer que o pouco tempo de preparação sirva de desculpa para um eventual mau resultado.
A programação de treinamentos também já foi elaborada pelo novo comandante.
Na segunda-feira, Leão comanda trabalhos em dois períodos no Pacaembu e, na terça-feira, à tarde, encerra os preparativos no Morumbi, local onde será disputado o jogo.
Estarão presentes os goleiros Rogério Ceni e Bosco; os laterais Silvinho, Júnior e Cafu; os zagueiros Edmílson, Lúcio e Roque Júnior; os volantes Vampeta, Mineiro e César Sampaio; os meias Juninho Paulista, Juninho Pernambucano e Rivaldo e os atacantes Romário, Marques, Adriano e França.
"Não adianta ficarmos batendo sempre na mesma tecla da falta de tempo. Os jogos dos clubes brasileiros inviabilizam uma convocação com uma boa margem de dias para trabalharmos e temos que fazer o que pudermos para vencer a Colômbia", disse Leão, que lamentou a falta de uma equipe base para facilitar o entrosamento. "Se a seleção brasileira já tivesse uma base com os jogadores sempre se revendo e jogando já teríamos uma melhor segurança. Infelizmente isso não existe".
Questionado sobre as cobranças que fazem os torcedores, que na maioria das vezes não querem saber se houve ou não tempo para trabalhar o conjunto, Leão foi taxativo. "O técnico é cobrado, o jogador é cobrado e a imprensa acaba expressando o que pensa o torcedor. Geralmente a crítica é feita visando apenas o que ocorre no jogo e se esquece o resto."
O novo treinador também comentou que, por intermédio da imprensa, vem notando que o Brasil perdeu em credibilidade.
"É através das reportagens de vocês que acho que a seleção brasileira perdeu um pouco do respeito. Só conheço um jeito de acabar isso, vencendo",disse Leão, que não aceita mais que os adversários tirem uma casquinha do Brasil como ocorreu em alguns jogos desta Eliminatória. "Se eu fosse um jogador e atuasse contra a seleção brasileira gostaria de fazer uma exibição para ficar na história. Porém, não podemos deixar que ninguém tire uma casquinha da gente, pois nós é que temos que fazer isso".
Sobre a Colômbia, último adversário deste ano da seleção, Leão disse estar atento. "Já tenho todas as informações sobre o adversário e tenho, inclusive, visto teipes de alguns jogos. A Colômbia, além de ser imprevisível, tem jogadores de boa qualidade técnica e que aprenderam a jogar defensivamente. Temos que estar atentos ao máximo para evitarmos qualquer tipo de surpresa", avaliou, mostrando querer esquecer o passado recente e de fracassos da Seleção Brasileira sob o comando do técnico Wanderley Luxemburgo.
"Não falo no que ficou para trás e daqui para frente vou procurar colocar em prática o meu estilo de trabalho".
"Nós sabemos como estão clinicamente todos os jogadores convocados. Isso não compete a mim e sim ao departamento médico da seleção brasileira, que está marcando em cima e me passará, caso necessário, todos os detalhes".