São Paulo - O Brasil foi 10º colocado no último Mundial, em 1998, mas não tem nas categorias menores resultados mais significativos, o que exibe uma dura realidade: o País não possui talento excepcional, que possa revolucionar o processo de renovação até 2004. Os nomes dos integrantes da seleção sub-21, com potencial para integrar a seleção adulta, vão sendo citados pelos técnicos: Jefferson Sobral, do Vasco, Guilherme, que está na Espanha, Tiagão e Alex, do COC/Ribeirão, Lucas, do Pinheiros...
A mesma geração que foi 7ª no Mundial Juvenil, em Portugal, em 1999, perdeu a vaga para ir ao 1º Mundial Sub-21 ao ser derrotada na disputa do 3º lugar da Copa América para a República Dominicana, em julho. As vagas ficaram com Estados Unidos e Argentina, além dos dominicanos.
Para o técnico Hélio Rubens, todos realmente têm potencial para virar jogador de seleção brasileira. "Mas não significa que eles estejam prontos para torneios seletivos, que valem vagas para o Brasil", respondeu. O técnico afirma que tudo dependerá da atuação dos atletas durante a temporada, nos campeonatos regionais e no Nacional, até junho de 2001. "Se eu convocar os garotos de 20 anos, corro o risco de ver o Brasil em quinto no Sul-Americano, fora da Copa América e sem chance de ir ao Mundial. Não posso arriscar a classificação do Brasil."
Foi Hélio Rubens quem colocou o ala Jefferson Sobral, de 19 anos e 1,98 m, que pertence a uma família de jogadores - as irmãs Marta, Leila e Márcia - na equipe principal do Vasco. "Ele demonstrou, na seleção sub-21, no Vasco/Barueri e no Pan-Americano de clubes, pelo Vasco, que tem bom arremesso e condição atlética, além de ser alto", define Hélio que, nem assim, confirma o convocará, no ano que vem. "Tudo vai depender da atuação dele e de todos."
Deficiência - O técnico reclama das deficiências dos jogadores na formação feita pelos clubes, que nem sempre podem ser corrigidas na seleção. Aponta, principalmente, o posicionamento ruim e as falhas nos rebotes, na defesa.
Hélio vai mesclar grupos de idades distintas para jogar amistosos ou fazer períodos de preparação, a cada 40 dias. Ele acha que será preciso reunir árbitros, técnicos e jogadores e discutir a forma da arbitragem de apitar no Brasil. "Os árbitros precisam permitir mais contato na marcação, como ocorre no exterior."