Rio - Os ex-jogadores que moveram uma ação contra a CBF e a Editora Abril por causa da publicação do álbum de figurinhas "Heróis do Tri", que homenageava os membros das equipes brasileiras campeãs mundiais de futebol até 1970, conseguiram mais uma vitória nesta segunda-feira. Os juízes do 5º Grupo de Câmaras Cíveis do Tribunal de Justiça do Estado decidiram que a as empresas devem pagar indenizações aos jogadores De Sordi, Castilho e ao preparador físico Admildo Chirol.
Os valores correspondem a aproximadamente R$ 48 mil para De Sordi e para a família de Chirol, já falecido, e R$ 16 mil para a família de Castilho, também já falecido. O advogado Sales Nobre, que representa os ex-jogadores, afirmou que a CBF e a Editora Abril devem recorrer à decisão, como vêm fazendo em todos os outros casos, para protelar a dívida.
A ação desses ex-jogadores faz parte de uma série de processos que estão sendo movidos pelos atletas das seleções de 1958, 62 e 70. Já obtiveram parecer favorável e aguardam o resultado da apelação Didi, Tostão e Félix (R$ 48 mil cada); Piazza (R$ 24 mil) e as famílias dos falecidos Zózimo (R$ 24 mil) e Fontana (R$ 16 mil).
Há o grupo de jogadores que só acionou a CBF, poupando a editora, como é o situação de Leão, Mazola, Moacir, Zequinha (ex-Palmeiras) e Jair da Costa. Estes também aguardam uma decisão final do juiz.
O caso mais complicado é o de Garrincha. A família do jogador processou a Rede Globo na questão do filme "Isto é Pelé" e uma editora que lançou "Estrela Solitária", sobre a vida do ex-jogador do Botafogo, e aguarda pelo desenrolar do caso.