Rio - O russo Valery Karpin, do Celta de Vigo, espera terminar a temporada com os mesmos direitos que têm os jogadores da União Européia, depois de levar à reivindicação às cortes espanholas nesta semana. Os advogados de Karpin sustentam que o jogador está sendo discriminado por ser considerado um dos cinco "estrangeiros" da equipe do Celta. O veredicto está sendo esperado para os próximos 15 dias, mas a decisão pode sair antes deste prazo.
Se o russo tiver sucesso, espera-se que outros jogadores de países que mantêm relações trabalhistas com a União Européia tentem ações semelhantes. Hoje, existem 15 atletas de países como Eslovênia, Lituânia, Polônia e Romênia defendendo times da primeira divisão espanhola.
Outra conseqüência pode ser o aumento de jogadores destas nacionalidades nas equipes da Espanha. O Barcelona, por exemplo, tem 11 jogadores não-espanhóis, mas apenas um "estrangeiro", o brasileiro Rivaldo - os outros dez são de países da União Européia. A Federação Espanhola permite que cada clube tenha, no máximo, cinco "estrangeiros" em seus elencos.
Recentemente, a Justiça espanhola permitiu que jogadores de basquete da Turquia, Lituânia, Eslovênia e República Tcheca recebessem o tratamento dispensado aos "europeus".