Rio - Dentro de mais alguns dias a Assembléia
Legislativa do Distrito Federal deve acolher a proposta de dois deputados
para a criação da CPI do Esporte de Brasília.
Essa CPI, por sinal, foi
requerida há 120 dias pelo deputado Wilson Lima, mas como a CPI da Nike
estava sendo instaurada na Câmara dos Deputados e o Senado acenava com outra
CPI, o parlamentar brasiliense decidiu aguardar os acontecimentos para ver
se em qualquer das duas seriam inseridos assuntos ligados diretamente também
a alguns acontecimentos em Brasília que, igualmente, carecem de um processo
investigativo sobre denúncias que chegaram-lhe recentemente ao gabinete
durante o episódio envolvendo o Gama, a CBF e o Clube dos Treze.
Problemas como o desvio de verbas destinadas ao esporte, má
aplicação de desses recursos, a venda do Estádio Pelezão (que ainda enfrenta
ações em tramitação na justiça local), para o Grupo Paulo Octavio e a
destinação dos bens obtidos pelos clubes com essa transação, encabeçada pela
Federação Metropolitana de Futebol (na gestão do ex-presidente Tadeu Roriz),
além da venda de uma sede da Federação de Automobilismo do Distrito Federal
na Asa Sul, em meados dos anos 70, sem que ninguém tenha sido
responsabilizado, além da participação da Federação do futebol candango
agindo como verdadeira administradora e anfitriã dos encontros promovidos
pela CBF em sua luxuosa mansão no Lago Sul, estão entre alguns dos muitos
assuntos que poderão ser arrolados na CPI, assunto, aliás, que já se
encontra pautado também na agenda da CPI da Nike, na Câmara dos Deputados.
Além de Wilson Lima, outros dois parlamentares disseram da sua
disposição de reativar o assunto e instalar a CPI no máximo em 30 dias.