Brasília - O presidente da CPI da Nike, Aldo Rebello (PC do B-SP), mostrou, no depoimento desta tarde, uma carta em que o técnico Mario Jorge Lobo Zagallo declara que a Nike jamais interferiu na convocação de jogadores e também na definição das seleções nossas adversárias e locais de cada jogo. Para o deputado, essas declarações do treinador são mentirosas porque a CPI já constatou que a empresa multinacional tem interferência na CBF.
Zagallo reagiu com irritação e reafirmou que tinha autonomia para escalar o time. "Eu como treinador, tinha total liberdade para fazer a escalação que bem entendesse. A interferência jamais aconteceu. Se eu recebesse essa proposta eu largaria o cargo, senão eu seria um fantoche", disse Zagallo. "Nike e CBF é uma coisa. Nike e Zagallo, não tem nada a ver", disse.
O deputado Eurico Miranda (PPB-RJ) e presidente eleito do Vasco, pediu calma a Zagallo, lembrando que o técnico não é réu, mas apenas uma testemunha. Zagallo depõe na CPI que apura a interferência da Nike, na CBF e na seleção brasileira.