Brasília - A CPI do Futebol encaminhou nesta terça-feira um pedido de informações à Junta Comercial do Rio de Janeiro e de São Paulo, para saber se existem empresas constituídas em nomes dos 14 jogadores apontados pelos senadores como possíveis sonegadores.
Na segunda-feira, o Senado divulgou os salários registrados em contrato destes atletas (Romário, Edmundo, Marcelinho Carioca, Petkovic, Edílson, Rincón, Caio, Guilherme, Ricardinho, Magrão, Zinho, Itaqui, Paulo Nunes e Hélton), que seriam bem abaixo dos seus verdadeiros ganhos mensais. A suspeita da Comissão é que a empresa receberia parte do salário, o que caracteriza a prática de desvio de vencimentos.
A CPI do Futebol também aprovou nesta terça-feira a quebra do sigilo bancário da empresa Umbro, que fornecia material esportivo para a CBF antes do contrato com a Nike. Além disso, os senadores quebraram o sigilo telefônico de 1991 a 1997 da “embaixada”, casa no Rio de Janeiro apontada pela estudante e ex-secretária do técnico Wanderley Luxemburgo, Renata Alves como ponto de encontro do treinador com empresários do futebol. Na abertura da sessão desta terça-feira, o jogador Macula também foi convocado a depor na Polícia Federal. O atleta teria acusado Luxemburgo de se beneficiar financeiramente com a sua transferência do Juventude (RS) para o Palmeiras.
Neste momento, os senadores estão ouvindo o jornalista Juca Kfouri numa sessão secreta. Kfouri prometeu apresentar documentos comprovando a evasão de divisas para o exterior de clubes, jogadores e empresários ligados ao futebol.