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Candinho está de malas prontas para deixar o Corinthians
Quarta-feira, 22 Novembro de 2000, 01h59
Atualizada: Quarta-feira, 22 Novembro de 2000, 12h15

São Paulo - A reformulação no elenco corintiano, que começou pelos jogadores, deverá mudar o seu curso hoje e vai atingir em cheio o técnico Candinho, que não ganhou nenhum jogo nesta sua segunda passagem pelo Corinthians. Candinho será demitido juntamente com os seus homens de confiança na Comissão Técnica. A Diretoria já estuda até a contratação de um substituto e só não dispensou o treinador ainda porque acreditava que ele e toda a Comissão Técnica fossem se demitir ontem, depois de fracassar a conspiração para atingir o vice-presidente de Futebol Antonio Roque Citadini no final de semana.

Candinho começou a cair depois de um telefonema feito a Citadini, no sábado, enquanto o dirigente descansava em seu sítio no interior do Estado, em Capão Bonito. O técnico queria que o fim das férias dos jogadores fosse prorrogado do dia 13 para o dia 23, antevéspera de Natal. E teria argumentado que o grupo não abria mão dessa data e que ele também era favorável à reivindicação dos jogadores. Citadini negou e disse que era partidário de um período de férias curto e de uma pré-temporada mais longa. A conversa não foi nada amistosa e o impasse causou um estremecimento na relação.

Além de Candinho, outros integrantes da Comissão Técnica também ligaram para Citadini, tentando convencê-lo a mudar de idéia. Até o diretor de Futebol Carlos Nujud, que normalmente costuma conciliar os interesses dos jogadores, fez sua tentativa para de ampliar o período de férias do elenco. Não teve sucesso.

Diante da intransigência de Citadini, decidiu-se pela confrontação aberta. Uma das pessoas que haviam ligado para o vice-presidente de Futebol corintiano no sábado, em Capão Bonito – suspeita-se de Carlos Nujud –, tomou a iniciativa de ligar para o ‘chefão’ da Hicks Muse, Dick Law, tentando passar literalmente por cima de Citadini. Não se sabe quais foram as palavras exatas de Dick Law, mas obviamente ele também não concordou em estender o período de férias dos jogadores.

A ‘conspiração’ contra Citadini provocou um sentimento de revolta em todos os segmentos do clube e da parceria. Até mesmo o presidente Alberto Dualib, que sempre admirou Candinho e lutou por sua contratação, teria ficado revoltado com o fato.

Reunião às pressas - Diante dessa situação, foi convocada às pressas uma reunião na sede da Hicks Muse, na segunda-feira, da qual participaram o presidente Alberto Dualib, Dick Law, José Roberto Guimarães e Carlos Nujud. Como a Diretoria já havia anunciado a intenção de reformular o elenco, imaginava-se que o assunto seria o planejamento para a temporada de 2001. Mas nenhum dirigente respondeu a um questionamento do JT: se a reunião tratava do planejamento, como se explicava a ausência do técnico Candinho? “Não vou falar sobre isso”, silenciou misteriosamente o falante Roque Citadini.

Não por acaso naquela mesma reunião decidiu-se então pelo corte dos poderes da Comissão Técnica e pela contratação de um gerente de Futebol, muito provavelmente José Carlos Brunoro, que implantou a vitoriosa parceria entre Parmalat e Palmeiras.

Embutida na vinda desse novo comandante estaria implícita a saída do diretor de Futebol Carlos Nujud, que perderia o último ‘quinhão’ de poder que ainda lhe restava. Com isso, a Diretoria imaginava que Nujud, detestado pela torcida, fosse se demitir, o que não aconteceu.

Quanto a Candinho e à Comissão Técnica, depois do tom ácido do diálogo travado com o vice-presidente de futebol Roque Citadini, no sábado, a Diretoria também imaginava que ele fosse se demitir ontem. Como isso não aconteceu, a demissão de Candinho já foi decidida pela Diretoria, que estuda até o nome de seu substituto – no contrato de Candinho não há sequer multa rescisória.

O mais cotado para ser o gerente de Futebol do Corinthians é José Carlos Brunoro. É consenso entre a diretoria do clube e a Hicks Muse. Mas a cúpula não se sente totalmente segura para assumir o interesse publicamente. “Estamos mantendo contato com alguns profissionais, mas não vamos falar em nomes”, afirma o vice-presidente de Futebol, Antonio Roque Citadini.

Citadini, porém, aceitou revelar o perfil do profissional que o Corinthians quer. Descartou a hipótese de ser um ex-jogador de futebol. “Não tenho nada contra a classe, mas não acho que o futebol tenha de ser administrado por alguém que já tenha sido jogador ou treinador. O cargo exige um profissional que tenha bom nível, com qualificação para controlar e fiscalizar o trabalho da Comissão Técnica. Não precisa, necessariamente, usar ou conhecer a mesma linguagem do jogador de futebol.”

Jornal da Tarde


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