Porto Alegre - Acusado pela CPI do Futebol do Senado de sonegar o valor real de seu salário, o atacante Paulo Nunes, do Grêmio, disse que os jogadores de futebol estão sendo usados como bode expiatório pelos deputados integrantes da comissão.
"Somos peixes pequenos, os tubarões estão lá em cima", reagiu o atacante, afirmando que os parlamentares utilizam os jogadores como escudos para ocultar seus próprios problemas.
De acordo com o ex-jogador Wilson Piazza, presidente da Federação das Associações dos Atletas Profisisonais, Paulo Nunes informou à Receita Federal que seu salário é de R$ 3,5 mil. Itaqui e Zinho teriam declarado renda de R$ 5 mil cada.
"Se eles quiserem, levo todas as minhas declarações de renda. Ainda tenho guardados os disquetes das últimas declarações", afirmou Zinho.
O meia sugeriu que Piazza consultasse diretamente a Receita Federal para saber seus rendimentos.
Reagindo com bom humor à denúncia, Itaqui acha que os deputados chegaram ao seu nome por meio de um sorteio. A súbita notoriedade, na sua opinião, deve-se ao gol marcado domingo, contra o Santa Cruz.