Porto Alegre - Ter classificado o Grêmio para a fase decisiva da Copa João Havelange ainda é pouco para o treinador Celso Roth. Depois de ter vivido a mesma situação em 1997, com o Inter, e em 1998, com o próprio Grêmio, o técnico prepara-se agora para dar o que considera o salto decisivo em sua carreira.
"Tudo o que consegui até agora foi importante, mas, por enquanto, não ganhei nada. O título será o ponto culminante de toda a minha trajetória", disse Roth, projetando para quinta-feira, contra a Ponte Preta, no Olímpico, o início de uma das etapas mais importantes de sua carreira.
O técnico enxerga em sua equipe um diferencial importante em relação aos demais classificados. Enquanto os outros já atingiram seu ponto máximo, o Grêmio vive uma fase de ascensão. Mesmo assim, Celso Roth considera o Cruzeiro favorito para ganhar a competição.
Seu grande orgulho é, em pouco mais de três meses, ter dado equilíbrio ao time. Quando retornou ao Olímpico, dia 7 de agosto, o Grêmio ainda amargava as derrotas para Flamengo e Palmeiras e vivia uma situação preocupante na competição.
Nada, no entanto, que se compare ao quadro encontrado em 1998. "Naquele ano, as coisas eram mais complicadas. Entrei na quinta rodada e peguei um grupo com problemas gravíssimos e sem a qualidade do atual", recorda o treinador.
Mesmo assim, o Grêmio teve forças para obter uma virada empolgante. Saiu da lanterna e só parou no Corinthians, que acabaria a temporada como campeão, treinado por Wanderley Luxemburgo.