São Paulo - Candinho não será o técnico do Corinthians em 2001. A decisão, tomada em conjunto por Alberto Dualib, presidente do clube, Antônio Roque Citadini, vice-presidente de futebol, e a patrocinadora Hicks Muse, ainda não havia sido transmitida ao treinador no início da tarde desta quarta, o que será feito nas próximas horas.
A não permanência de Candinho, considerado por jogadores e funcionários corintianos um treinador arrogante, que não tinha o respaldo do elenco, era a oportunidade que Citadini - com amplos poderes no clube - precisava para intervir no departamento de futebol.
No Parque São Jorge, na manhã desta quarta-feira, a saída do técnico era dada como certa. "Ele ainda não foi avisado. Mas, como é esperto, já está sabendo que não vai continuar. Mas ele não deve estar se importando muito. O Candinho é muito rico", disse, no clube, uma pessoa muito ligada ao presidente Alberto Dualib. No trato pessoal, Candinho é uma pessoa afável. Sempre disposto a contar piadas, de preferência de português, anda rodeado de repórteres nos clubes em que trabalhou e até na seleção brasileira, como auxiliar de Wanderley Luxemburgo.
Nesta curta passagem pelo Corinthians, clube que também dirigiu no final de 97, quando foi contratado para salvar o time do rebaixamento no Campeonato Brasileiro, Candinho, no entanto, não conseguiu convencer as pessoas de que é um boa-praça, um sujeito que adora brincadeiras. "O Candinho é intragável, arrogante. A primeira coisa que ele fez quando chegou aqui foi avisar que muitos jogadores do atual elenco não ficariam em 2001 e que ele estava garantido. Ele é mais autoritário do que o Wanderley Luxemburgo, que pelo menos é competente", desabafou um funcionário do departamento de futebol do clube.