Lisboa - Os deputados Pedro Celso (PT-DF) e Jurandil Juarez (PMDB-AP) começam nesta quinta-feira em Portugal as reuniões com autoridades para obter informações para a CPI do futebol. "Estamos buscando estabelecer os elos da ligação entre Brasil, Portugal e Itália que reúnem empresários, clubes e CBF dessa quadrilha que vem agindo na falsificação de passaportes", explica Celso.
A primeira reunião é com o cônsul do Brasil em Lisboa, Pedro Pinto. "Vamos procurar saber se há brasileiros presos em Portugal por falsificação de passaportes portugueses", conta Celso.
Depois, os deputados terão uma conversa com o diretor do gabinete da Interpol em Portugal, Chaves de Almeida, e no final do dia falam com o diretor-geral da Polícia Judiciária portuguesa, Luís Felipe Bonina.
"Vamos encontrar com autoridades de imigração e fronteira, com a Interpol e a Polícia Judiciária para saber até onde podemos chegar".
Na quinta-feira, há um encontro com o deputado Octávio Teixeira, vice-presidente do parlamento português, e depois está para ser confirmada uma reunião com o diretor do Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, Antônio Lencastre Bernardo.
"Pretendemos estabelecer os elos todos, saber quem são os responsáveis. Está provado que utilizaram passaportes falsos e que havia quadrilha formada." De Portugal, Celso e Juarez seguem para a Itália. "Vamos para Vicenza, ver os casos como o do Jeda e do Dida. O Jeda disse que quem entregou em suas mãos o passaporte brasileiro para ele foi o Careca, ex-craque da seleção brasileira de futebol."
Os passaportes portugueses foram usados para que os jogadores brasileiros entrassem em campo como cidadãos da União Européia, já que as normas do futebol europeu colocam um limite de extra-comunitários para cada time.