Belo Horizonte - Já no Hotel Ouro Minas, longe da ira do pequeno número de torcedores que compareceram ao Aeroporto da Pampulha, Guilherme atendeu à imprensa. O atacante disse que em momento algum chegou à beira do gramado para pedir a substituição do armador Ramon e a entrada de André na equipe. Ou que tenha ocorrido alguma briga no vestiário após a derrota de 4 a 1 para o Palmeiras, na última quarta-feira, pelas semifinais da Copa Mercosul.
“É vocês perguntarem para o Ramon e o Nedo. Jamais existiu isso", afirmou Guilherme. Segundo ele, os jogadores brigaram dentro de campo na quarta-feira procurando acertar porque a situação estava ruim para o Atlético. “Eu e Ramon somos companheiros de quarto e não existe nada entre a gente. Não adianta agora vocês (imprensa) jogarem as coisas para o torcedor da maneira que vocês querem. Agora não é hora de fofocas, mas sim de correr atrás de uma desvantagem", disse irritado.
Guilherme se irritou ainda mais quando o assunto passou a ser a recepção dos torcedores no Aeroporto da Pampulha. A maioria deles com dinheiro na mão e gritos direcionados a ele. “Mostraram (o dinheiro) foi para todo mundo. Vocês (imprensa) vão querer aproveitar dessa situação, mas não adianta que não irão me abalar", criticou o atacante. “A torcida tem o direito de reclamar porque fizemos uma apresentação ridícula para uma partida da semifinal da Copa Mercosul", reconheceu o atacante.
O atacante é cercado de polêmicas. Como por exemplo, por causa da liderança que tem sobre o grupo, ele é considerado o dono do time. Além disso, chegam a comentar que ele até mesmo escala o time e opina nas substituições. Ao ser perguntado sobre isso, o jogador foi curto e grosso: “Não existe nada disso. Quem manda no Atlético é o Nélio Brant. Ele é que o todo-poderoso", disse.
Para Guilherme, o que atrapalhou o Atlético foram os dois gols ocorridos em apenas três minutos de jogo. “Quando dei por mim já estava dois a zero. Está havendo muito 'auê' por aí, mas não me entreguei porque temos mais 90 minutos para reverter a situação em que estamos perdendo de 4 a 1", disse. De acordo com a avaliação do atacante, o Palmeiras tem uma boa vantagem, mas o Atlético também tem chances de classificação. “É como se estivesse num UTI, a equipe tem que lutar para sobreviver. É essa a situação".