São Paulo - Pelo menos 20 jogadores profissionais de futebol podem estar sendo mantidos na China em regime de cárcere privado – a maioria deles nas províncias ao sul do país asiático –, segundo informações veiculadas pela Rádio Jovem Pan.
Para o Itamaraty, estes atletas estariam vivendo sob péssimas condições de moradia e alimentação, além de ter tido seus passaportes confiscados.
Ao tomar conhecimento da situação, o senador Romeu Tuma prometeu colocar em pauta semana que vem na CPI do Futebol, em Brasília, o nome de Maurício Cogo (o único jogador que pode ter sido resgatado até agora pelo Itamaraty.
Caso desembarque no Brasil, ele – que tem chegada prevista para a noite de quarta-feira ou manhã de quinta-feira, em um vôo da Japan Airlines – será intimado a prestar depoimento, no sentido de revelar quais empresários estariam levando atletas brasileiros para a China.
Cogo teria saído de trem da cidade de Guelim (sul do país oriental), na sexta-feira, em direção a Xangai (norte). Mas o resgate do jogador por parte do Itamaraty teria sido dos mais complicados. Para conseguir tirá-lo do regime de semi-escravidão, um dos consulados brasileiros na China pode ter demorado pouco mais de seis de meses de difíceis negociações com membros da alta cúpula do Partido Comunista Chinês.
A se confirmar na próxima semana, o caso – que por enquanto é mantido em sigilo absoluto pelas autoridades dos dois países – será um dos maiores escândalos envolvendo atletas brasileiros no futebol estrangeiro.