Brasília - O presidente da CPI do Futebol, senador Álvaro Dias (PSDB-PR), disse nesta segunda-feira que não vê a menor possibilidade do depoimento do ex-técnico da seleção, Wanderley Luxemburgo, vir a ser sigiloso, no dia 12 de dezembro. "A menos que ele solicite", afirmou. "Mas se o técnico oferecer alguma denúncia sigilosa, a CPI poderá atendê-lo".
Dias afirmou que no início do depoimento de Luxemburgo, os senadores vão confrontar as declarações prestadas pelo técnico com as informações dada pela ex-secretária, Renata Alves, e os documentos que chegaram à Comissão com a quebra do sigilo do treinador. "A CPI armazenou grande quantidade de informações, principalmente, bancárias e imobiliárias com os registros de cartórios de imóveis".
Em função das denúncias que chegaram à CPI, Dias disse que "o depoimento de Luxemburgo pode vir a ser dos mais reveladores".
Mas o presidente da Comissão não quis fazer uma avaliação mais contundente do comportamento de Luxemburgo. "Seria temerário", disse Dias afirmando que não vai emitir qualquer conclusão antes de ouvir a parte denunciada, assegurando que serão dadas a Wanderley Luxemburgo todas as condições para a sua defesa.
Documentos da CBF - A respeito dos documentos enviados na última sexta-feira pela Confederação Brasileira de Futebol (CBF), Álvaro Dias afirmou que para CPI, os documentos mais importantes são os registros dos atletas, os contratos da transmissão dos jogos e os acordos de publicidade com a Traffic e a Coca-Cola.