Santos - Alguns jogadores do Santos, como o colombiano Rincón, serão surpreendidos no retorno das férias, dia 12 de dezembro. O presidente Marcelo Teixeira decidiu acabar com o chamado 'bate-volta'. Ninguém mais poderá morar em São Paulo e viajar diariamente para treinar na Vila Belmiro.
"Todo mundo terá de residir em Santos. É muito desgastante para um
profissional ficar viajando todos os dias. Ele precisa ficar perto do local
onde trabalha", justificou o cartola.
Outra novidade nada agradável à espera dos atletas: o clube pretende chamar
um por um para discutir uma nova política salarial. A folha de pagamentos,
segundo o dirigente, terá de diminuir substancialmente (hoje chega a R$ 3,5
milhões), caso contrário o Santos entrará na rota do buraco negro que
engoliu o Botafogo carioca e outros clubes.
"Se não apertarmos o cinto, as coisas ficarão extremamente complicadas. Não
queremos ficar devendo três ou quatro meses de salário a um atleta. Todos
precisam se conscientizar para uma nova realidade. Os valores precisam ser
limitados", afirmou o presidente.
Teixeira elogiou a postura adotada pelo presidente do Palmeiras, Mustafá
Contursi, que impôs um teto salarial no início da temporada. "Ele (Mustafá)
está no caminho certo. Mas o Santos não pode fazer uma mudança tão radical.
Temos de preservar o patrimônio, já que o passe dos jogadores pertence ao
clube e não a um patrocinador."