São Paulo - A permanência do técnico Levir Culpi no São Paulo até o fim de seu contrato, em 31 de dezembro, está condicionada ao resultado do jogo desta quinta-feira, no Morumbi contra o Palmeiras. Se o time continuar na Copa João Havelange o treinador termina a temporada na direção técnica da equipe. A desclassificação colocará um ponto final na Era Levir no Morumbi.
Apesar de acreditar na classificação da equipe, a diretoria tem preparado, sigilosamente, com antecedência a programação para os próximos dias. No caso de desclassificação na quinta-feira, os jogadores deverão entrar em férias na segunda-feira, dia 4, com retorno previsto para o dia 2 de janeiro. "Não queremos que isso se torne realidade, mas temos de nos programar", disse um funcionário, no Morumbi.
Para o lugar de Levir Culpi, o São Paulo pretende contratar um treinador mais barato. "Gastamos mensalmente quase R$ 300 mil só com a comissão técnica, e hoje em dia o futebol já não comporta tanto", comentou um assessor do Morumbi, acrescentando que em 2001 o clube reduzirá sua folha de pagamento no futebol pela metade: "hoje ainda temos algum dinheiro em caixa porque vendemos jogadores. Mas vai chegar uma hora que esse dinheiro vai acabar".
Se quiser continuar no Morumbi, Levir terá que aceitar reduzir pela metade seu salário, atualmente perto de R$ 160 mil. E mais: terá ainda de concordar com as demissões de seu auxiliar técnico Luiz Roberto Matter, que é seu parente e ganha R$ 40 mil e do coordenador Gilberto Moraes, contratado por R$ 25 mil mensais para cuidar também da parte visual do CT na Lapa.
"O São Paulo não tem obrigação de antecipar a renovação de meu contrato. E eu também não tenho obrigação de continuar no São Paulo", afirmou Levir na manhã desta terça-feira, acusando depois a imprensa pelo seu desgaste no clube. "Estou sendo perseguido", disse.